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22/02/2002
-
20h07
FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife
O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), afirmou em Recife que o partido precisa intensificar as conversações com seus pré-candidatos à Presidência para convencê-los a não disputar a prévia marcada para o dia 17 de março.
"Não se deve realizar a prévia", disse. "Deve-se procurar os candidatos para convencê-los disso e deixar o partido aberto a um entendimento com o PSDB e o PFL", declarou o governador, em entrevista à Agência Folha na noite de ontem.
Jarbas afirmou que a aprovação da consulta interna é uma prova de que hoje não existe unidade dentro do PMDB. "Essa questão foi contestada desde o dia de sua apresentação", disse. "Os pré-candidatos não decolaram. Então, está provado que não será com candidatura própria que o partido vai sobreviver."
O governador negou ter aberto mão da possibilidade de ser o candidato a vice-presidente na eventual chapa encabeçada por José Serra (PSDB) para tentar atrair o PFL para a coligação.
"A minha posição não mudou nada, o fundamental agora é a unidade [entre os partidos governistas]", declarou. "Qualquer candidatura de vice agora dificulta. Então, não seria eu que iria a Brasília propor ao PMDB que não apresentasse candidato e desse a vice ao PFL", afirmou.
O governador disse que tem apenas defendido a não-hostilização ao PFL, "que tem uma candidata com 20%". Disse também que tem prazo legal até 7 de abril para decidir se disputará a reeleição ou a vice-presidência.
"Como o prazo é longo e não tomo a decisão sozinho, pois pertenço a uma coligação grande aqui em Pernambuco, tenho que ouvir todos esses companheiros antes", afirmou Jarbas.
Se depender de seus aliados no Estado, o governador vai disputar a reeleição. Jarbas é nome de consenso entre eles e apontado como o único político com votos suficientes para manter, sem riscos, a coligação no poder.
O governador sabe, entretanto, que dificilmente haveria dissidências na aliança estadual, mesmo com sua eventual decisão de participar da eleição presidencial. Deixar a coligação significaria se opor a Jarbas, situação, hoje, considerada politicamente desfavorável aos governistas.
"A aliança continuaria mesmo sem Jarbas como candidato à reeleição", declarou o ministro das Minas e Energia, José Jorge (PFL). Eleito senador com o apoio do governador, o ministro disse que não haveria sequer o risco de se repetir no Estado a situação que ocorre a nível nacional, com os aliados disputando a cabeça de chapa entre si.
"São situações diferentes", disse. "É mais fácil compor as chapas nos Estados, porque existem mais cargos a serem preenchidos. Para a eleição presidencial são apenas duas vagas".
Leia mais:
Cúpula do PMDB pode barrar convenção extraordinária
Leia mais no especial Eleições 2002
Vasconcelos propõe fim da prévia presidencial do PMDB
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da Agência Folha, em Recife
O governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), afirmou em Recife que o partido precisa intensificar as conversações com seus pré-candidatos à Presidência para convencê-los a não disputar a prévia marcada para o dia 17 de março.
"Não se deve realizar a prévia", disse. "Deve-se procurar os candidatos para convencê-los disso e deixar o partido aberto a um entendimento com o PSDB e o PFL", declarou o governador, em entrevista à Agência Folha na noite de ontem.
Jarbas afirmou que a aprovação da consulta interna é uma prova de que hoje não existe unidade dentro do PMDB. "Essa questão foi contestada desde o dia de sua apresentação", disse. "Os pré-candidatos não decolaram. Então, está provado que não será com candidatura própria que o partido vai sobreviver."
O governador negou ter aberto mão da possibilidade de ser o candidato a vice-presidente na eventual chapa encabeçada por José Serra (PSDB) para tentar atrair o PFL para a coligação.
"A minha posição não mudou nada, o fundamental agora é a unidade [entre os partidos governistas]", declarou. "Qualquer candidatura de vice agora dificulta. Então, não seria eu que iria a Brasília propor ao PMDB que não apresentasse candidato e desse a vice ao PFL", afirmou.
O governador disse que tem apenas defendido a não-hostilização ao PFL, "que tem uma candidata com 20%". Disse também que tem prazo legal até 7 de abril para decidir se disputará a reeleição ou a vice-presidência.
"Como o prazo é longo e não tomo a decisão sozinho, pois pertenço a uma coligação grande aqui em Pernambuco, tenho que ouvir todos esses companheiros antes", afirmou Jarbas.
Se depender de seus aliados no Estado, o governador vai disputar a reeleição. Jarbas é nome de consenso entre eles e apontado como o único político com votos suficientes para manter, sem riscos, a coligação no poder.
O governador sabe, entretanto, que dificilmente haveria dissidências na aliança estadual, mesmo com sua eventual decisão de participar da eleição presidencial. Deixar a coligação significaria se opor a Jarbas, situação, hoje, considerada politicamente desfavorável aos governistas.
"A aliança continuaria mesmo sem Jarbas como candidato à reeleição", declarou o ministro das Minas e Energia, José Jorge (PFL). Eleito senador com o apoio do governador, o ministro disse que não haveria sequer o risco de se repetir no Estado a situação que ocorre a nível nacional, com os aliados disputando a cabeça de chapa entre si.
"São situações diferentes", disse. "É mais fácil compor as chapas nos Estados, porque existem mais cargos a serem preenchidos. Para a eleição presidencial são apenas duas vagas".
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