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05/03/2002
-
08h04
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O senador José Sarney (PMDB-AP), pai da governadora Roseana Sarney (MA), pré-candidata do PFL à Presidência, fará amanhã discurso na tribuna do Senado em defesa da filha, denunciando a existência de uma armação política para desestabilizar a candidatura dela à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo tem dito a interlocutores, Sarney fará um discurso contundente, no qual pretende "restabelecer a verdade" e mostrar sua "revolta e indignação" com a operação realizada pela Polícia Federal na sexta-feira passada, em São Luís, de busca e apreensão de papéis na empresa Lunus, de propriedade da governadora e do seu marido, Jorge Murad.
Na própria sexta, Sarney demonstrou sua contrariedade em conversa telefônica com FHC. A interlocutores, não tem poupado acusações de que setores do governo federal estariam por trás da operação da PF.
O senador passou o fim de semana em Brasília e começou a preparar o discurso no sábado, um dia após a operação da PF.
No início, o senador planejou um discurso "violento" em relação ao governo, segundo aliados. Mas ontem já dava sinais de que abrandaria o tom das acusações, em nome da estabilidade institucional.
No discurso, o senador vai negar envolvimento da filha em irregularidades, mas não deverá se aprofundar na abordagem das denúncias contra ela e Murad. Será um discurso político, mas, principalmente, de pai.
Há cerca de duas semanas, Sarney reclamou diretamente a FHC que agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) estariam em São Luís investigando Roseana. O presidente e o general Alberto Cardoso, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, negaram, mas o senador não ficou convencido.
Ex-presidente da República (1985-90), Sarney previu que a filha seria alvo preferencial de ataques, desde que ela começou a crescer nas pesquisas de opinião sobre a preferência do eleitorado.
Em dezembro de 2001, disse: "O ataque ainda é uma forma de fazer política no Brasil. Seria uma grande injustiça e o eleitor não quer isso. Atacar é uma técnica desastrosa". Sarney disse que via a ascensão da filha nas pesquisas de opinião "com satisfação" mas também ""com preocupação".
O líder do governo no Senado, Artur da Távola (PSDB-RJ), fez ontem um discurso negando responsabilidade do governo na operação deflagrada pela PF em São Luís e pediu "compreensão" do PFL. Disse não esperar um discurso duro de Sarney amanhã.
Sarney fará discurso no Senado em defesa da filha
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O senador José Sarney (PMDB-AP), pai da governadora Roseana Sarney (MA), pré-candidata do PFL à Presidência, fará amanhã discurso na tribuna do Senado em defesa da filha, denunciando a existência de uma armação política para desestabilizar a candidatura dela à sucessão do presidente Fernando Henrique Cardoso.
11.jul.2000 - Sérgio Lima/ Folha Imagem |
O senador José Sarney, em seu gabinete no Senado |
Na própria sexta, Sarney demonstrou sua contrariedade em conversa telefônica com FHC. A interlocutores, não tem poupado acusações de que setores do governo federal estariam por trás da operação da PF.
O senador passou o fim de semana em Brasília e começou a preparar o discurso no sábado, um dia após a operação da PF.
No início, o senador planejou um discurso "violento" em relação ao governo, segundo aliados. Mas ontem já dava sinais de que abrandaria o tom das acusações, em nome da estabilidade institucional.
No discurso, o senador vai negar envolvimento da filha em irregularidades, mas não deverá se aprofundar na abordagem das denúncias contra ela e Murad. Será um discurso político, mas, principalmente, de pai.
Há cerca de duas semanas, Sarney reclamou diretamente a FHC que agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) estariam em São Luís investigando Roseana. O presidente e o general Alberto Cardoso, ministro-chefe do gabinete de Segurança Institucional, negaram, mas o senador não ficou convencido.
Ex-presidente da República (1985-90), Sarney previu que a filha seria alvo preferencial de ataques, desde que ela começou a crescer nas pesquisas de opinião sobre a preferência do eleitorado.
Em dezembro de 2001, disse: "O ataque ainda é uma forma de fazer política no Brasil. Seria uma grande injustiça e o eleitor não quer isso. Atacar é uma técnica desastrosa". Sarney disse que via a ascensão da filha nas pesquisas de opinião "com satisfação" mas também ""com preocupação".
O líder do governo no Senado, Artur da Távola (PSDB-RJ), fez ontem um discurso negando responsabilidade do governo na operação deflagrada pela PF em São Luís e pediu "compreensão" do PFL. Disse não esperar um discurso duro de Sarney amanhã.
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