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05/03/2002 - 18h48

PT gaúcho se declara contra aliança com PL

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LÉO GERCHMANN
da Agência Folha, em Porto Alegre

O PT do Rio Grande do Sul decidiu, em reunião de sua executiva, se posicionar de forma contrária a uma eventual aliança com o PL _união defendida pelo presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva como condição necessária para disputar as eleições deste ano.

Além de se dizer "contrária à aliança", a executiva gaúcha do PT recomenda que nada seja feito sem que antes haja uma consulta à militância.

"Reconhecemos que não vai adiantar muito a nossa posição, ela apenas fica marcada. Quem decide é a Executiva Nacional", disse o presidente em exercício do PT gaúcho, Paulo Ferreira.

A possível aliança do PT com o PL tem causado problemas para Lula, que já até cogitou desistir de ser candidato devido às pressões do partido, em especial da ala gaúcha.

Os dois pré-candidatos ao governo gaúcho já se manifestaram contra a aliança.

Primeiro, foi o governador Olívio Dutra, que disse não considerar o PL um dos partidos do "leque democrático e popular", com quem o PT deveria se aliar.

Depois foi o prefeito de Porto Alegre, Tarso Genro, que, em debate com Olívio nas prévias regionais, criticou as negociações mantidas por Lula.

Nesta terça-feira, a resolução foi tomada com 10 votos contra 3. Houve 2 abstenções.

Outra decisão polêmica tomada pela executiva gaúcha do PT se refere aos votantes na prévia. Foi admitida, em uma quebra regimental, a condição de votante para os ex-pedetistas que se tornaram petistas no dia 18 de março.

Pelo regulamento, apenas os filiados há um ano ou mais podem votar nas prévias, que se realizam no dia 17 de março. A diferença seria de um dia.
O argumento dos ex-pedetistas foi de que formalizaram a filiação no dia 18 apenas porque isso atendia à agenda de Lula, que prestigiou o ato. Os ex-pedetistas apóiam Olívio.

Bicho do PT
A Comissão de Constituição e Justiça da Assembléia Legislativa gaúcha começou hoje a avaliar um eventual processo por crime de responsabilidade contra Olívio, tendo como base o relatório da CPI da Segurança Pública.

A CPI afirma que Olívio foi omisso na apuração do caso de um militante petista que pediu à cúpula da polícia para abrandar a repressão ao jogo do bicho. Olívio diz que o relatório visa apenas atingi-lo politicamente e que não protegeu ninguém.

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