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15/07/2000 - 11h00

Brasileira será secretária da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

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Da Agência Brasil
em Brasília

A presidente da Fundação Palmares, Dulce Maria Pereira, deverá ser confirmada como a nova secretária-executiva da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), durante a II Conferência de Chefes de Estado e de Governo da entidade, que acontecerá na próxima semana, entre os dias 17 e 18 de julho, em Maputo (Moçambique).

O evento organizado pela CPLP, que é composta por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, contará com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso e de todos presidentes dos outros países-membros.

"A posse do cargo será imediata", informou Dulce. Nos próximos dois meses ela pretende visitar todos os países-membros da CPLP para, em conjunto com os dirigentes de cada um deles, traçar planos de ação.

"Temos, de antemão, vários projetos. Na área de saúde, por exemplo, investiremos na mulher e na família. Projetos já em andamento serão dinamizados - como é o caso dos setores de educação e meio-ambiente. No entanto, o que atribuo da maior importância é construção de dados".

Dulce explica que empregará todos os esforços neste trabalho, que consiste em fazer análises estatísticas dos países-membros da CPLP. Os dados permitirão fazer uma avaliação conjunta das dificuldades de cada um deles. "Temos que saber quanto somos exatamente, quantas mulheres, quantos adultos, quais os fatores da desigualdade - é ser negro? É pertencer a qualquer outra etnia?", indaga.

A presidente da Fundação Cultural Palmares acredita que todos os países componentes da comunidade dos países de língua portuguesa têm muito que aprender uns com os outros. "São nações riquíssimas em literatura, arte e cultura popular", afirma.

Outra tarefa para a futura secretária-executiva da CPLP será tornar o Timor-Leste membro efetivo da entidade. Atualmente esse país asiático tem o status de observador. Ela informa que o líder do Conselho Nacional da Resistência Timorense, Xanana Gusmão, também estará presente na conferência para, entre outros assuntos, tratar desta inclusão.

"A questão do regaste da língua portuguesa para o povo timorense não é tão somente de identidade cultural, mas também de construção da autonomia e de cidadania", diz Dulce.

Ela lembra ainda da importância da CPLP, tanto para a definição da libertação do Timor-Leste como para o fim dos conflitos de Guiné-Bissau. "Há agora outra tarefa fundamental para a organização: contribuir para que a guerra civil angolana chegue ao fim", afirma a secretária.

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