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11/03/2002
-
02h38
da France Presse, em Fortaleza
Responder às demandas sociais é o grande desafio da democracia na América Latina, concordaram no domingo os presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, Equador, Gustavo Noboa, e Peru, Alejandro Toledo, no seminário promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Fortaleza.
"A democracia dos anos 90 deixou muitas frustrações às justificadas expectativas de nossos povos", afirmou Toledo, para quem esta situação põe em dificuldades a institucionalidade democrática.
"A América Latina precisa viver na democracia com instituições democráticas fortes. Se não o fizermos, a tentação do autoritarismo nos cercará, ou o facilitismo do populismo", continuou, ao defender uma "terceira" via das políticas na região, que permita uma economia a serviço das pessoas.
"Enquanto houver os marginalizados da pobreza em nossas sociedades, nossa democracia será sempre frágil", frisou, pedindo um "alívio financeiro" para tirar os países latino-americanos deste quadro e da "aliança perversa entre narcotráfico e terrorismo".
"Não é possível que o equilíbrio econômico seja feito em detrimento da política social", afirmou o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para o presidente brasileiro, os desafios da democracia na região pedem que se trabalhe em "várias frentes": a liberdade, o fortalecimento das instituições democráticas, um Estado que dê solução às demandas dos povos e soluções econômicas que permitam resolver as questões sociais. "Todos estamos frente a este desafio neste momento difícil", disse.
FHC lembrou que, mesmo antes de ser presidente, já criticava o desequilíbrio entre as demandas da sociedade e a capacidade de resposta dos políticos. Segundo ele, quando deixar a presidência no próximo ano e voltar a ser sociólogo, voltará a fazer a mesma crítica.
"Acredito que o presidente Fernando Henrique ponha o dedo na ferida, quando diz que o desafio é o desequilíbrio entre o que a sociedade espera da institucionalidade política e o que esta é capaz de fazer", reforçou o ex-presidente chileno Patricio Aylwin.
Demandas sociais são desafio da América Latina, dizem presidentes
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Responder às demandas sociais é o grande desafio da democracia na América Latina, concordaram no domingo os presidentes do Brasil, Fernando Henrique Cardoso, Equador, Gustavo Noboa, e Peru, Alejandro Toledo, no seminário promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Fortaleza.
"A democracia dos anos 90 deixou muitas frustrações às justificadas expectativas de nossos povos", afirmou Toledo, para quem esta situação põe em dificuldades a institucionalidade democrática.
"A América Latina precisa viver na democracia com instituições democráticas fortes. Se não o fizermos, a tentação do autoritarismo nos cercará, ou o facilitismo do populismo", continuou, ao defender uma "terceira" via das políticas na região, que permita uma economia a serviço das pessoas.
"Enquanto houver os marginalizados da pobreza em nossas sociedades, nossa democracia será sempre frágil", frisou, pedindo um "alívio financeiro" para tirar os países latino-americanos deste quadro e da "aliança perversa entre narcotráfico e terrorismo".
"Não é possível que o equilíbrio econômico seja feito em detrimento da política social", afirmou o presidente Fernando Henrique Cardoso.
Para o presidente brasileiro, os desafios da democracia na região pedem que se trabalhe em "várias frentes": a liberdade, o fortalecimento das instituições democráticas, um Estado que dê solução às demandas dos povos e soluções econômicas que permitam resolver as questões sociais. "Todos estamos frente a este desafio neste momento difícil", disse.
FHC lembrou que, mesmo antes de ser presidente, já criticava o desequilíbrio entre as demandas da sociedade e a capacidade de resposta dos políticos. Segundo ele, quando deixar a presidência no próximo ano e voltar a ser sociólogo, voltará a fazer a mesma crítica.
"Acredito que o presidente Fernando Henrique ponha o dedo na ferida, quando diz que o desafio é o desequilíbrio entre o que a sociedade espera da institucionalidade política e o que esta é capaz de fazer", reforçou o ex-presidente chileno Patricio Aylwin.
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