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Justiça Federal ouve quatro servidores presos na Operação Hurricane
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da Folha Online
Quatro funcionários públicos denunciados na Operação Hurricane (furacão) da Polícia Federal por suposto envolvimento na máfia dos jogos vão prestar depoimento à Justiça Federal no Rio na quinta-feira, às 13h. Carlos Pereira Silva, Susie Pinheiro de Mattos, Francisco Martins e Marcos Antonio dos Santos Bretas são acusados de receber dinheiro em troca de informações privilegiadas de operações policiais.
Eles estão presos na carceragem da Superintendência da PF em Brasília desde 13 de abril, quando a PF desmontou uma suposta quadrilha que negociava sentenças judiciais em favor de casas de bingo. Os policiais serão transferidos para a capital fluminense na quinta-feira para serem ouvidos pela juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, da 6ª Vara Federal Criminal do Rio.
Os quatro servidores prestarão depoimento somente agora porque, como funcionários públicos, tiveram direito de apresentar defesa prévia.
Operação Hurricane
A megaoperação da Polícia Federal atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, juiz federal José Eduardo Carreira Alvim; o juiz federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os 21 restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três, elevando para 24 o número de denunciados no inquérito que tramita na 6ª Vara Criminal do Rio. Os quatro acusados com foro privilegiado terão de apresentar defesa ao STF (Supremo Tribunal Federal).
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