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Deputado Pedro Henry se defende e diz que não conhece Zuleido Veras
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HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande
O deputado Pedro Henry (PP-MT), acusado e absolvido de participação nos escândalos do mensalão e da máfia dos sanguessugas, afirmou hoje não conhecer Zuleido Veras, dono da Gautama.
Henry negou que tenha se comprometido a obter R$ 62 milhões do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para obras de esgoto em Sinop (MT) de interesse de Zuleido.
A Folha revelou ontem que Zuleido afirma, em conversa telefônica gravada pela Polícia Federal, que "é mais fácil conseguir recursos" com Henry.
O empreiteiro diz na gravação que conversara com o prefeito de Sinop, Nilson Leitão (PSDB), preso na Operação Navalha, sobre nova obra de esgoto.
A conversa gravada --entre Zuleido e Jair Pessine, ex-secretário de Leitão-- ocorreu quatro dias após a Gautama assinar um contrato de R$ 48 milhões com a prefeitura para obras de esgoto.
Leitão disse à Folha que pediu a Henry, "que é do PP, partido que tem o Ministério da Cidades", para obter mais R$ 62 milhões do PAC destinados a uma outra fase da obra.
"Nunca estive com [Zuleido]. Não tenho nenhum tipo de relacionamento com esse cidadão. Não tenho noção do porquê de ter usado meu nome", disse Henry hoje. Na segunda e terça, ele não havia ligado de volta para a reportagem.
"O prefeito me procurou para ajudar o município, mas não tenho pedido encaminhado ao Ministério das Cidades. Sinop não tem 150 mil habitantes e [por isso] as ações do PAC não se aplicam ao município. O que a gente pode fazer a gente faz, mas não tenho nenhuma ação em Sinop."
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