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14/03/2002
-
07h00
da Folha de S.Paulo, em Brasília
Classificando de arbitrária e violenta a ação da Polícia Federal na empresa Lunus, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), disse estar convicto de que houve uma "manobra política" para desestabilizar a pré-candidata pefelista à Presidência e governadora, Roseana Sarney (MA).
Segundo ele, o partido "não terá limites" nas ações judiciais e legislativas para apurar o caso, inclusive o vazamento de fotos e documentos à imprensa.
"Nós estamos convictos de que houve uma manobra política para desestabilizar a governadora. E essa manobra política vai aparecer, porque deixa rastro", disse.
No dia 1º, a Polícia Federal, cumprindo mandado judicial, apreendeu documentos na Lunus, que pertence à governadora e ao seu marido, Jorge Murad.
Ontem -um dia após o encontro entre Roseana e Bornhausen em São Luís que resultou na saída de Murad do cargo de gerente de Planejamento do Maranhão-, o presidente do PFL convocou uma entrevista para reafirmar a candidatura de Roseana. Após deixar o governo, Murad também divulgou nota em que assume a responsabilidade integral pela arrecadação do R$ 1,34 milhão encontrado na Lunus pela PF.
A nota não foi suficiente para convencer pefelistas, que cogitavam alternativas à candidatura Roseana. Ontem, Bornhausen desautorizou declarações de pefelistas sobre gestões a favor de outro candidato.
Durante a entrevista, estava ao lado de Bornhausen o ex-ministro da Previdência e deputado Roberto Brant (PFL-MG), um dos que chegaram a dizer que, "se persistirem as dúvidas, [Roseana" não pode ser candidata", mas depois mudou o tom e reafirmou o apoio à governadora.
Apurações
O presidente do PFL afirmou que o partido tomará todas as providências que considerar necessárias ao esclarecimento do episódio, "doa a quem doer".
Confirmando a ameaça de Bornhausen, o líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), anunciou a intenção de propor à Corregedoria da Casa representação contra o deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ) por falta de decoro parlamentar.
"Por tudo o que tem saído na imprensa, os indícios são de que ele é o chefe da "arapongagem" e não pode ser deputado", disse Inocêncio. Segundo ele, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, diz ter provas do envolvimento de Fortes em investigações contra a governadora e poderá apresentá-las ao Conselho de Ética.
Caberá à Corregedoria e, posteriormente, à Mesa da Câmara acolher ou não o pedido de investigação contra Fortes, encaminhando-o ao Conselho de Ética ou arquivando o caso.
Fortes negou, novamente, ter contratado empresa para espionar a governadora e ter qualquer participação na montagem de um suposto dossiê contra ela.
O presidente do PSDB, deputado José Aníbal (SP), disse que, caso o PFL apresente a representação, o partido irá fazer uma interpelação judicial por calúnia. "Não se pode admitir que homens públicos sejam caluniados."
Bornhausen acusou ainda o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de não tomar nenhuma providência para investigar "as arbitrariedades, ilegalidades e a violência" da ação da PF na Lunus nem a "iniquidade" do posterior vazamento de fotos e documentos, que ele atribui à polícia.
"Os fatos é que não deverão deixar de ser apurados, para o interesse da nação brasileira, para saber se não macularam a eleição", afirmou Bornhausen.
Leia mais:
Aloysio diz que não teme depor sobre ação da PF na Lunus
Leia mais no especial Eleições 2002
"Manobra política" afetou Roseana, diz Bornhausen
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Classificando de arbitrária e violenta a ação da Polícia Federal na empresa Lunus, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), disse estar convicto de que houve uma "manobra política" para desestabilizar a pré-candidata pefelista à Presidência e governadora, Roseana Sarney (MA).
Segundo ele, o partido "não terá limites" nas ações judiciais e legislativas para apurar o caso, inclusive o vazamento de fotos e documentos à imprensa.
"Nós estamos convictos de que houve uma manobra política para desestabilizar a governadora. E essa manobra política vai aparecer, porque deixa rastro", disse.
No dia 1º, a Polícia Federal, cumprindo mandado judicial, apreendeu documentos na Lunus, que pertence à governadora e ao seu marido, Jorge Murad.
Ontem -um dia após o encontro entre Roseana e Bornhausen em São Luís que resultou na saída de Murad do cargo de gerente de Planejamento do Maranhão-, o presidente do PFL convocou uma entrevista para reafirmar a candidatura de Roseana. Após deixar o governo, Murad também divulgou nota em que assume a responsabilidade integral pela arrecadação do R$ 1,34 milhão encontrado na Lunus pela PF.
A nota não foi suficiente para convencer pefelistas, que cogitavam alternativas à candidatura Roseana. Ontem, Bornhausen desautorizou declarações de pefelistas sobre gestões a favor de outro candidato.
Durante a entrevista, estava ao lado de Bornhausen o ex-ministro da Previdência e deputado Roberto Brant (PFL-MG), um dos que chegaram a dizer que, "se persistirem as dúvidas, [Roseana" não pode ser candidata", mas depois mudou o tom e reafirmou o apoio à governadora.
Apurações
O presidente do PFL afirmou que o partido tomará todas as providências que considerar necessárias ao esclarecimento do episódio, "doa a quem doer".
Confirmando a ameaça de Bornhausen, o líder do partido na Câmara, Inocêncio Oliveira (PE), anunciou a intenção de propor à Corregedoria da Casa representação contra o deputado Márcio Fortes (PSDB-RJ) por falta de decoro parlamentar.
"Por tudo o que tem saído na imprensa, os indícios são de que ele é o chefe da "arapongagem" e não pode ser deputado", disse Inocêncio. Segundo ele, o senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), pai de Roseana, diz ter provas do envolvimento de Fortes em investigações contra a governadora e poderá apresentá-las ao Conselho de Ética.
Caberá à Corregedoria e, posteriormente, à Mesa da Câmara acolher ou não o pedido de investigação contra Fortes, encaminhando-o ao Conselho de Ética ou arquivando o caso.
Fortes negou, novamente, ter contratado empresa para espionar a governadora e ter qualquer participação na montagem de um suposto dossiê contra ela.
O presidente do PSDB, deputado José Aníbal (SP), disse que, caso o PFL apresente a representação, o partido irá fazer uma interpelação judicial por calúnia. "Não se pode admitir que homens públicos sejam caluniados."
Bornhausen acusou ainda o ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, de não tomar nenhuma providência para investigar "as arbitrariedades, ilegalidades e a violência" da ação da PF na Lunus nem a "iniquidade" do posterior vazamento de fotos e documentos, que ele atribui à polícia.
"Os fatos é que não deverão deixar de ser apurados, para o interesse da nação brasileira, para saber se não macularam a eleição", afirmou Bornhausen.
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