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04/06/2007 - 16h16

Comandante da Aeronáutica diz que não há falhas nos equipamentos

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Juniti Saito, rebateu nesta segunda-feira a versão apresentada por controladores de vôo de que falhas nos equipamentos do Cindacta-1, em Brasília, prejudicaram o trabalho dos militares no dia do acidente entre o Boeing da Gol e o jato Legacy, em setembro do ano passado.

Segundo Saito, a versão apresentada pelos controladores tem como objetivo assegurar suas defesas --uma vez que quatro controladores foram indiciados pelo Ministério Público por homicídio doloso pelo acidente.

"Naquele dia [do acidente], eles [controladores] tinham todas as condições de tomar as providências necessárias. Pelos dados que temos, não há falhas nos equipamentos", disse o comandante em depoimento à CPI do Apagão Aéreo do Senado.

Saito também negou a existência de "pontos cegos" no espaço aéreo brasileiro, como argumentam alguns controladores. "Acho uma afirmação maldosa principalmente daqueles que conhecem o nosso sistema", afirmou.

Segundo o brigadeiro, o sistema de controle de vôo nacional "é seguro" e atende "a todas as necessidades" da população brasileira.

Controladores

Ao contrário de Saito, os controladores que trabalhavam no dia da queda do Boeing da Gol argumentam que não são responsáveis pelo acidente. Segundo os controladores, falhas nos equipamentos da Aeronáutica podem ter prejudicado os trabalhos dos militares no dia do acidente.

Os quatro controladores indiciados pelo Ministério Público como responsáveis pelo acidente prestam depoimento desde o início da manhã de hoje à CPI da Câmara, em sessão secreta.

O primeiro a prestar depoimento, Lucivando Tibúrcio de Alencar, reiterou que os controladores não podem ser responsabilizados pela queda do Boeing. Ele leu um manifesto escrito por controladores no qual relatam situações de insegurança vividas no cotidiano da Aeronáutica em conseqüência de problemas nos equipamentos.

Relatório

O relator da CPI do Apagão do Senado, Demóstenes Torres (DEM-GO), promete apresentar na próxima quarta-feira um relatório parcial com suas conclusões sobre o acidente com o Boeing da Gol.

Demóstenes acredita que os controladores e os pilotos norte-americanos do jato Legacy, Joseph Lepore e Jan Paladino, devem ser responsabilizados pela queda do Boeing da Gol no ano passado.

Já o relator da CPI do Apagão da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), acredita que os pilotos do Legacy tiveram responsabilidade maior no episódio que os controladores de vôo. A CPI da Câmara teve acesso à transcrição da caixa-preta do Legacy que, segundo Maia, mostra de forma clara sucessivas falhas dos norte-americanos no dia do acidente.

 

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