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Renan reitera que não pretende encaminhar novos documentos para se explicar
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Abatido, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), reiterou hoje que não tem disposição de enviar mais documentos ao Conselho de Ética e à Corregedoria Geral da Casa. "Vocês querem mais documentos? Já apresentei todos [os documentos]", disse ele, ao dirigir-se para o plenário do Senado.
Mais cedo, Renan havia afirmado que não pretendia encaminhar mais explicações à corregedoria e ao conselho --nos quais é investigado por quebra de decoro supostamente por ter recebido dinheiro de um lobista para pagar contas pessoais. "Não vou enviar [documentos], já mandei tantos", disse o senador.
O presidente do Senado é acusado de envolvimento com o lobista Cláudio Gontijo, funcionário da Construtora Mendes Júnior, que seria o responsável pelo pagamento de pensão e aluguel do apartamento onde vive a jornalista Mônica Veloso --com quem Renan tem uma filha.
Ao ser abordado pelos jornalistas hoje, Renan evitou responder perguntas relativas ao episódio, só falou sobre política externa --a polêmica envolvendo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o Senado brasileiro.
Documentação
Reportagem publicada hoje pela Folha afirma que Renan estaria disposto a apresentar mais documentos que comprovariam seus lucros no setor agropecuário alagoano nos últimos anos.
Segundo documentação fiscal e bancária entregue por Renan à Corregedoria do Senado na semana passada, ele teve um faturamento de R$ 1,9 milhão em 2006 com atividade agropecuária. Reportagem da revista 'Época' informa que Renan vendeu 784 cabeças de gado em 2006, permanecendo com 1.704 reses. Em seu Imposto de Renda o valor do gado não foi declarado.
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