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05/06/2007 - 13h06

Alencar diz que irmão de Lula não está metido com máfia dos caça-níqueis

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O presidente interino, José Alencar, disse hoje não acreditar no envolvimento do irmão mais velho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Genival Inácio da Silva (conhecido como Vavá), em irregularidades. A Polícia Federal realizou busca e apreensão na casa de Vavá ontem durante a Operação Xeque-Mate que desarticulou uma suposta máfia de caça-níqueis envolvida num esquema de corrupção policial.

O vice-presidente afirmou que, "pelo que conhece" de Vavá, o irmão de Lula não está "metido em coisas desse tipo".

Alencar afirmou, no entanto, que é papel da PF apurar o suposto envolvimento de Vavá em crimes desvendados na Operação Xeque-Mate.

Vavá foi indiciado por tráfico de influência no Executivo e exploração de prestígio no Judiciário, segundo reportagem publicada nesta terça-feira pela Folha.

Segundo Alencar, o indiciamento do irmão de Lula mostra que a PF age com isenção sobre todos os brasileiros, independente de qualquer ligação com o governo.

"É claro que o presidente faz questão de que cada brasileiro tenha tratamento absolutamente o mesmo. Somos cerca de 190 milhões, então o tratamento será o mesmo. Daí a razão pela qual a força da Polícia Federal de investigar é mantida. É preciso que haja no Brasil o fim dessas coisas que desrespeitam a lei. Porque fora da lei não há salvação", disse Alencar.

Xeque-Mate

A Polícia Federal realizou ontem busca e apreensão na casa de Genival, em São Bernardo, no ABC Paulista. A Operação Xeque-Mate, deflagrada nos Estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Rondônia e Minas Gerais, prendeu 77 pessoas acusadas de envolvimento em crimes como contrabando de peças para máquinas caça-níqueis, corrupção e tráfico de drogas.

A PF pediu a prisão de Vavá, mas a Justiça indeferiu o pedido alegando que o tráfico de influência e a exploração de prestígio não beneficiaram a máfia dos caça-níqueis e que ele não faria parte da quadrilha.

Na Índia, o presidente Lula elogiou o trabalho da Polícia Federal realizado na Operação Xeque-Mate, mas disse não acreditar no envolvimento de seu irmão com o esquema.

"Não acredito que ele tenha envolvimento com qualquer coisa. Agora, como presidente da República, se a Polícia Federal tinha uma autorização judicial e o nome dele aparecia, paciência", disse.

 

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