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05/06/2007 - 13h47

Alencar diz que licenças para usinas do rio Madeira "vão sair rapidamente"

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GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

Em meio ao impasse sobre a construção das usinas hidrelétricas do rio Madeira, o vice-presidente José Alencar disse nesta terça-feira que as usinas "vão sair em tempo". Segundo Alencar, a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) é "muito cautelosa", mas vem trabalhando para que as licenças ambientais que autorizam a construção das usinas saiam "o mais rapidamente possível".

"É verdade que a licença ambiental respeita determinados dispositivos legais. A ministra Marina tem feito tudo para que isso saia o mais rapidamente possível. Mas ela é muito cuidadosa", reconheceu Alencar, que ocupa interinamente a presidência da República.

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) havia estabelecido o dia 31 de maio como prazo máximo para que o impasse sobre a construção das usinas terminasse. O prazo expirou, porém, sem avanços dentro do governo.

A ministra Marina Silva reiterou hoje que técnicos trabalham com "urgência" para que a construção das usinas seja autorizada sem prejuízos ao meio ambiente.

"Continuamos fazendo a avaliação técnica das respostas que foram dadas por Furnas e Odebrecht [responsáveis pelas obras] em relação a um conjunto de dezenas de questões. Quando tivermos um relatório da área técnica do Ibama estaremos nos pronunciando. Não temos prazo a colocar. Mas trabalhamos com sentido de urgência", disse.

Divergências

Marina voltou a negar divergências com a ministra Dilma, favorável à construção com o argumento de que as usinas de Jirau e Santo Antônio produzirão 6.450 MW --considerada a maior obra de energia do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Marina, por outro lado, defende que as hidrelétricas sejam construídas somente se ficar constatado que elas não vão trazer prejuízos ambientais à região.

"Eu estou em paz com Deus e com a minha consciência, e isso faz com que eu me sinta em paz com todas as pessoas. Não tenho nenhum problema pessoal com a ministra Dilma, tenho respeito pelo trabalho dela, uma mulher batalhadora com história de vida admirável. Essa oposição aparece muito na imprensa. Na prática, temos grande respeito uma pela outra", disse.

A ministra reconheceu, no entanto, que tem posição distinta da defendida por Dilma. "Não confundimos as posições dos encaminhamentos institucionais com qualquer forma de relacionamento pessoal. Trabalhamos com a impessoalidade. Eu não trato essas coisas como atritos gerenciais, mas como questões complexas que são diferentes, de naturezas diferentes."

Para o vice-presidente, Dilma e Marina merecem "apoio, respeito, admiração e o aplauso" de todos os brasileiros --cada uma em seu campo de atuação. "Eu acho que desenvolvimento sem preservação do meio ambiente nem merece ser chamado de desenvolvimento", disse Alencar.

Marina elogiou o que chamou de "esforço" do Ministério de Minas e Energia para adequar o projeto de construção das usinas às regras ambientais. Segundo a ministra, a pasta respondeu aos questionamentos de técnicos sobre problemas diagnosticados na área ambiental. "Não há determinação de se fazer algo em detrimento de outra responsabilidade", encerrou.

 

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