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STJ barra transferência de policial preso na Hurricane para Campo Grande
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da Folha Online
A ministra do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Laurita Vaz concedeu habeas corpus para o policial civil Marcos Antonio dos Santos Bretas, preso pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão). A operação desarticulou uma suposta máfia especializada em comprar sentenças judiciais para favorecer a máfia dos bingos e caça-níqueis.
Com a decisão de Laurita, a defesa do policial preso conseguiu impedir a transferência dele para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS). A ministra entendeu que não havia motivos para transferi-lo para uma unidade prisional de segurança máxima.
Bretas ficará detido agora em uma unidade prisional do Rio. Ele é apontado pela PF como intermediador da propina de bicheiros a políticos e policiais.
A Justiça determinou que os acusados com nível superior serão transferidos para o presídio Ponto Zero, no Rio. Aqueles sem curso superior ficarão no Ary Franco, em Água Santa (zona norte do Rio.
A operação
A Operação Furacão foi desencadeada em 13 de abril para investigar uma suposta quadrilha que negociava sentenças judiciais que favoreciam donos de casas de bingo. A megaoperação da PF atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Dos 25 presos inicialmente, quatro (com foro privilegiado) foram soltos: ex-vice-presidente do TRF (Tribunal Regional Federal) da 2ª Região, juiz federal José Eduardo Carreira Alvim; o juiz federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Os restantes tiveram a prisão preventiva decretada. Mais tarde, a Justiça decretou a prisão de mais três.
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