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18/03/2002
-
09h23
da Agência Folha
O Instituto Butantan fornecerá 38 milhões de doses de vacina contra hepatite B ao Ministério da Saúde este ano. O país deixará de importar o produto, já que o Butantan suprirá toda a demanda. A aplicação da vacina em adultos foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Os testes em crianças ainda estão sendo feitos. Se aprovados pela agência, serão liberados em junho. "O importante não é só o preço competitivo, mas principalmente o domínio da tecnologia de produção e a utilização de mão-de-obra nacional", disse o diretor do centro nacional de epidemiologia da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Jarbas Barbosa.
De acordo com o presidente do Instituto Butantan, professor Isaías Raw, o custo da vacina será o mesmo da que é importada hoje. "O preço da dose é de US$ 0,47. O Brasil hoje paga isso porque compra de um fundo do Unicef para países pobres."
Segundo o professor, as pesquisas para a produção da vacina atrasaram cinco anos devido ao lobby de parte da indústria farmacêutica. "A pressão é muito grande. Nós simplesmente não conseguíamos testar a vacina. Atrapalharam enquanto puderam."
Barbosa confirmou a pressão da indústria farmacêutica e disse que a Funasa teve que intervir no processo. "O Butantan dependia de centros ligados a grupos privados para fazer determinados testes e não estava conseguindo."
Os testes foram feitos em centros públicos e em institutos filantrópicos, como o Centro de Pesquisas em Doenças Tropicais de Rondônia e o Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Segundo Barbosa, o preço da vacina contra hepatite B caiu devido à entrada de grandes fabricantes coreanos no mercado. "Essa vacina é feita por meio de engenharia genética. Apesar de os coreanos não serem produtores tradicionais de vacina, eles dominam essa tecnologia."
Ainda de acordo com ele, a dose da vacina custava US$ 3,50 até meados dos anos 90.
O Instituto Butantan está investindo agora na pesquisa de uma vacina combinada contra hepatite e tuberculose, a ser aplicada no primeiro mês de vida. "Estamos acertando um ensaio clínico para essa vacina. É uma idéia original brasileira. Não existe essa vacina ainda no mundo."
(FK)
Produção nacional garante vacina contra hepatite B
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O Instituto Butantan fornecerá 38 milhões de doses de vacina contra hepatite B ao Ministério da Saúde este ano. O país deixará de importar o produto, já que o Butantan suprirá toda a demanda. A aplicação da vacina em adultos foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Os testes em crianças ainda estão sendo feitos. Se aprovados pela agência, serão liberados em junho. "O importante não é só o preço competitivo, mas principalmente o domínio da tecnologia de produção e a utilização de mão-de-obra nacional", disse o diretor do centro nacional de epidemiologia da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Jarbas Barbosa.
De acordo com o presidente do Instituto Butantan, professor Isaías Raw, o custo da vacina será o mesmo da que é importada hoje. "O preço da dose é de US$ 0,47. O Brasil hoje paga isso porque compra de um fundo do Unicef para países pobres."
Segundo o professor, as pesquisas para a produção da vacina atrasaram cinco anos devido ao lobby de parte da indústria farmacêutica. "A pressão é muito grande. Nós simplesmente não conseguíamos testar a vacina. Atrapalharam enquanto puderam."
Barbosa confirmou a pressão da indústria farmacêutica e disse que a Funasa teve que intervir no processo. "O Butantan dependia de centros ligados a grupos privados para fazer determinados testes e não estava conseguindo."
Os testes foram feitos em centros públicos e em institutos filantrópicos, como o Centro de Pesquisas em Doenças Tropicais de Rondônia e o Instituto Evandro Chagas, no Pará.
Segundo Barbosa, o preço da vacina contra hepatite B caiu devido à entrada de grandes fabricantes coreanos no mercado. "Essa vacina é feita por meio de engenharia genética. Apesar de os coreanos não serem produtores tradicionais de vacina, eles dominam essa tecnologia."
Ainda de acordo com ele, a dose da vacina custava US$ 3,50 até meados dos anos 90.
O Instituto Butantan está investindo agora na pesquisa de uma vacina combinada contra hepatite e tuberculose, a ser aplicada no primeiro mês de vida. "Estamos acertando um ensaio clínico para essa vacina. É uma idéia original brasileira. Não existe essa vacina ainda no mundo."
(FK)
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