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20/03/2002
-
07h56
MURILO FIUZA DE MELO
da Folha de S.Paulo, no Rio
Levantamento do PT fluminense mostra que o governador Anthony Garotinho (PSB) já teria comprometido cerca de R$ 155 milhões em despesas adicionais na folha de pagamento do funcionalismo. Com isso, a folha poderá ter um aumento de 30% já a partir do mês que vem, quando a vice-governadora, Benedita da Silva (PT), deve assumir o cargo com a renúncia de Garotinho para concorrer à Presidência.
O governador diz que deixará as contas do Estado em dia e pelo menos R$ 300 milhões em caixa.
O aumento da folha de pagamento se soma a outros problemas. Alguns fornecedores estão sem receber do governo há meses e obras, como a do emissário submarino da Barra da Tijuca, estão paradas. A expansão do metrô também pode ser suspensa por causa de dívidas não honradas.
Novas despesas
A folha de pagamento do Estado está em torno de R$ 500 milhões por mês. Entre as novas despesas que deverão ser herdadas por Benedita estão o adicional do projeto Nova Escola, espécie de gratificação ao magistério (cerca de R$ 19 milhões); o pagamento de benefício integral a pensionistas da Previdência do Estado (R$ 2,9 milhões); a incorporação de abonos a docentes e funcionários da rede estadual de ensino (R$ 10,7 milhões); e a contratação de novos servidores, como policiais militares e bombeiros (R$ 7 milhões).
O governo também terá que arcar com o pagamento do plano de cargos e salários do magistério, no valor mensal de R$ 46 milhões, e com o acréscimo, em folha, de mais R$ 70 milhões, relativos aos vencimentos de cerca de 500 servidores que ganhavam acima de R$ 9.600, teto instituído por Garotinho em 1999 e considerado ilegal pela Justiça.
Entre os petistas que trabalham no grupo de transição de governo, há a preocupação de que as despesas adicionais prejudiquem o pagamento antecipado do décimo terceiro salário aos servidores, previsto para julho.
Em nota, divulgada ontem, Garotinho classificou de "má-fé e falta de respeito" ao funcionário público a possível suspensão da antecipação do décimo terceiro. "O PT nem assumiu e já está dizendo que não vai pagar o décimo terceiro em julho. O dinheiro existe."
Garotinho compromete contas, diz PT
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da Folha de S.Paulo, no Rio
Levantamento do PT fluminense mostra que o governador Anthony Garotinho (PSB) já teria comprometido cerca de R$ 155 milhões em despesas adicionais na folha de pagamento do funcionalismo. Com isso, a folha poderá ter um aumento de 30% já a partir do mês que vem, quando a vice-governadora, Benedita da Silva (PT), deve assumir o cargo com a renúncia de Garotinho para concorrer à Presidência.
O governador diz que deixará as contas do Estado em dia e pelo menos R$ 300 milhões em caixa.
O aumento da folha de pagamento se soma a outros problemas. Alguns fornecedores estão sem receber do governo há meses e obras, como a do emissário submarino da Barra da Tijuca, estão paradas. A expansão do metrô também pode ser suspensa por causa de dívidas não honradas.
Novas despesas
A folha de pagamento do Estado está em torno de R$ 500 milhões por mês. Entre as novas despesas que deverão ser herdadas por Benedita estão o adicional do projeto Nova Escola, espécie de gratificação ao magistério (cerca de R$ 19 milhões); o pagamento de benefício integral a pensionistas da Previdência do Estado (R$ 2,9 milhões); a incorporação de abonos a docentes e funcionários da rede estadual de ensino (R$ 10,7 milhões); e a contratação de novos servidores, como policiais militares e bombeiros (R$ 7 milhões).
O governo também terá que arcar com o pagamento do plano de cargos e salários do magistério, no valor mensal de R$ 46 milhões, e com o acréscimo, em folha, de mais R$ 70 milhões, relativos aos vencimentos de cerca de 500 servidores que ganhavam acima de R$ 9.600, teto instituído por Garotinho em 1999 e considerado ilegal pela Justiça.
Entre os petistas que trabalham no grupo de transição de governo, há a preocupação de que as despesas adicionais prejudiquem o pagamento antecipado do décimo terceiro salário aos servidores, previsto para julho.
Em nota, divulgada ontem, Garotinho classificou de "má-fé e falta de respeito" ao funcionário público a possível suspensão da antecipação do décimo terceiro. "O PT nem assumiu e já está dizendo que não vai pagar o décimo terceiro em julho. O dinheiro existe."
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