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20/03/2002
-
18h59
CLÁUDIA DIANNI
enviada especial ao Chile
O presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu à proposta do senador José Sarney (PMDB-AP) de chamar observadores internacionais para acompanhar as eleições presidenciais.
"Não acredito que tenha dito isso. No Brasil, quem vigia as eleições é a mídia, não precisa de mais ninguém, basta", afirmou.
FHC embarcou de volta ao Brasil pouco depois de Sarney subir à tribuna do Senado. Pouco antes de embarcar, o presidente falou sobre a crise na base política do Planalto e disse que insiste em recompor a aliança governista.
"Como presidente, tenho a responsabilidade de conduzir o país até o fim do meu mandato com condições de governabilidade, e o PFL é um partido importante que ajudou em uma série de transformações positivas no Brasil e tem que ter um caminho de prosseguir participando da vida pública."
Para garantir que o PFL continue votando com o governo, FHC disse que tem falado constantemente por telefone com o Brasil desde que chegou ao Chile para uma vista de Estado, na segunda-feira. A jornalistas chilenos, FHC disse que foi por causa da votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no Congresso que ele cancelou sua viagem a Monterrey, no México, onde acontece a Conferência das Nações Unidas para o financiamento do Desenvolvimento.
"Vou insistir, como tenho insistido, para votar essa matéria de interesse social e terei toda a paciência necessária, tenho a convicção de que os senadores terão a mesma sensibilidade que os deputados já tiveram", disse.
Segundo FHC, além da governabilidade, o problema com o PFL envolve a questão eleitoral. "Quanto à questão eleitoral, não sou eu quem decide. Posso ter alguma influência e, até agora, a influência que tive foi no sentido de buscar alguma convergência."
Ele sinalizou que poderá haver negociações para manter o partido no governo. "Vamos ver que condições haverá para isso, tenho que reconhecer as dificuldades dos últimos dias, mas não é uma questão que eu possa conduzir diretamente."
Na opinião de FHC, é prematuro prever o futuro das alianças eleitorais. "A vida política depende muito das circunstâncias. Essa é uma fase eleitoral, não sei quais foram os entendimentos dos últimos dias, mas é prematuro. As eleições são em outubro e daqui até lá muita água vai passar", disse ao conceder entrevista coletiva em Arica, no norte do Chile, onde assinou vários acordos de cooperação com o presidente Ricardo Lagos.
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enviada especial ao Chile
O presidente Fernando Henrique Cardoso reagiu à proposta do senador José Sarney (PMDB-AP) de chamar observadores internacionais para acompanhar as eleições presidenciais.
"Não acredito que tenha dito isso. No Brasil, quem vigia as eleições é a mídia, não precisa de mais ninguém, basta", afirmou.
FHC embarcou de volta ao Brasil pouco depois de Sarney subir à tribuna do Senado. Pouco antes de embarcar, o presidente falou sobre a crise na base política do Planalto e disse que insiste em recompor a aliança governista.
"Como presidente, tenho a responsabilidade de conduzir o país até o fim do meu mandato com condições de governabilidade, e o PFL é um partido importante que ajudou em uma série de transformações positivas no Brasil e tem que ter um caminho de prosseguir participando da vida pública."
Para garantir que o PFL continue votando com o governo, FHC disse que tem falado constantemente por telefone com o Brasil desde que chegou ao Chile para uma vista de Estado, na segunda-feira. A jornalistas chilenos, FHC disse que foi por causa da votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) no Congresso que ele cancelou sua viagem a Monterrey, no México, onde acontece a Conferência das Nações Unidas para o financiamento do Desenvolvimento.
"Vou insistir, como tenho insistido, para votar essa matéria de interesse social e terei toda a paciência necessária, tenho a convicção de que os senadores terão a mesma sensibilidade que os deputados já tiveram", disse.
Segundo FHC, além da governabilidade, o problema com o PFL envolve a questão eleitoral. "Quanto à questão eleitoral, não sou eu quem decide. Posso ter alguma influência e, até agora, a influência que tive foi no sentido de buscar alguma convergência."
Ele sinalizou que poderá haver negociações para manter o partido no governo. "Vamos ver que condições haverá para isso, tenho que reconhecer as dificuldades dos últimos dias, mas não é uma questão que eu possa conduzir diretamente."
Na opinião de FHC, é prematuro prever o futuro das alianças eleitorais. "A vida política depende muito das circunstâncias. Essa é uma fase eleitoral, não sei quais foram os entendimentos dos últimos dias, mas é prematuro. As eleições são em outubro e daqui até lá muita água vai passar", disse ao conceder entrevista coletiva em Arica, no norte do Chile, onde assinou vários acordos de cooperação com o presidente Ricardo Lagos.
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