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Grupo pró-CPI da Navalha tenta impedir arquivamento com novas assinaturas
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RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
O grupo pró-CPI da Navalha corre contra o tempo na tentativa de garantir as duas assinaturas que faltam para assegurar a leitura do requerimento que sugere a criação da comissão. Por determinação da Secretaria Geral do Senado, os deputados e senadores têm até o final da tarde desta terça-feira para incluir e retirar assinaturas no documento.
Pelo regimento, a instauração de uma CPI mista depende do apoio de 27 senadores e 171 deputados. Na última quinta-feira, o requerimento encaminhado pelo grupo favorável à CPI da Navalha foi avaliado pelos técnicos que concluíram que havia 30 assinaturas de senadores e 169 de deputados.
Em busca de duas assinaturas, o grupo pró-CPI resolveu focalizar sua atenção no PDT, DEM, PV e PSB. "Desde sexta-feira estou conversando sem parar com todo mundo: deputados de todos os partidos. A idéia é garantir pelo menos as duas assinaturas que faltam", afirmou o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), um dos responsáveis pela coleta de assinaturas.
O líder do PSOL na Câmara, Chico Alencar (RJ), fez um cálculo mais otimista. Segundo ele, é possível garantir até mais cinco assinaturas. "É um trabalho de convencimento contínuo, acho que será possível sim", disse.
Plano B
Com o possível arquivamento do pedido de instalação da CPI mista (Câmara e Senado) da Navalha, o PSOL e o DEM querem assegurar que as investigações sejam realizadas ao menos pelo Senado. "É o nosso 'Plano B'. Mas, por enquanto, o esforço é para garantir que a CPI seja formada por deputados e senadores", disse Alencar.
Para o líder do PSOL no Senado, José Nery (PA), a esperança é que os senadores "compreendam a necessidade" de a Casa investigar as denúncias reveladas pela Operação Navalha, da Polícia Federal.
"Ainda há um longo caminho, vamos ver o que vai ocorrer", disse o líder do DEM, Agripino Maia (RN), sobre a possibilidade de a CPI ser instaurada apenas no Senado.
O PPS, que também participa da coleta de assinaturas de parlamentares no Senado e na Câmara, vai aguardar até o final do dia para se manifestar.
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