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01/04/2002 - 16h49

Líder do MST permanece em Ramallah em apoio a Iasser Arafat

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SÍLVIA FREIRE
da Folha Online

O líder do MST que está na Cisjordânia, Mário Lill, 36,continua dentro do quartel-general da Autoridade Palestina, em Ramallah, e deve manter a mobilização em apoio aos palestinos e ao líder Iasser Arafat por tempo indeterminado. Segundo líderes do MST nacional, ele está desde ontem pela manhã nas instalações onde Arafat está confinado.

De acordo com Egídio Bruneto, representante do MST na Via Campesina -movimento internacional de camponeses que organizou a visita à Cisjordânia- Lill e os demais agricultores que prestaram solidariedade à Arafat jantaram ontem com o líder palestino. Ainda não há previsão de quando Lill retornará ao Brasil.

A missão chegou a Ramallah na quarta-feira passada à noite, com 78 integrantes para celebrar o Dia Internacional da Terra (comemorado no dia 30). A comitiva foi surpreendida pelo ataque do Exército israelense contra o quartel-general da Autoridade Palestina na sexta-feira.

Cerca de 40 representantes do movimento, entre eles o representante do MST, se dirigiram ao local onde Arafat estava cercado para defendê-lo de um possível ataque israelense.

Segundo Bruneto, a idéia de visitar o território palestino surgiu durante o 2º Fórum Social Mundial, ocorrido em janeiro, em Porto Alegre. "Foi um gesto de solidariedade do movimento campesino ao povo palestino que está sendo massacrado pelo Exército israelense", disse Bruneto que também é dirigente estadual do MST no Mato Grosso do Sul.

O movimento Via Campesina, que foi criado em 1993, tem sua sede em Honduras e está organizado nos cinco os continentes. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) é o atual representante do movimento na América do Sul e designou Lill para acompanhar a missão no Oriente Médio.

O movimento busca chamar a atenção para casos de violência contra camponeses em diversos países. Além da atual missão em Ramallah, o Via Campesina já esteve na Colômbia, Honduras e Bolívia.

Mário Lill participou em 1985 da ocupação da fazenda Anoni, a 350 km de Porto Alegre (RS), que foi regularizada em 1989. Atualmente o Assentamento 16 de Março -uma homenagem ao dia em que foi criado- tem 14 famílias e administra uma cooperativa que produz milho, soja e trigo; cria gado de leite e suínos e possui um frigorífico próprio.

Mesmo liberado para realizar atividades diretivas junto à coordenação do MST, Lill faz parte do rodízio de final de semana da cooperativa e pelo menos uma vez por mês ajuda a cuidar das vacas e porcos do assentamento.

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