Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
09/07/2007 - 18h54

Suplente de Roriz nega envolvimento em irregularidades na Câmara do DF

Publicidade

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O suplente do senador Joaquim Roriz (PMDB-AL), Gim Argello (PTB-DF), divulgou hoje nota oficial para negar acusações de que teria fraudado a tramitação de três projetos de lei em 2002, quando era deputado distrital na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Argello foi acusado na época, por parlamentares da oposição, de incluir uma emenda "fantasma" em um projeto de lei que regulamentava o uso do solo urbano em um condomínio do DF.

Na nota, o suplente afirma que "não teve nenhuma responsabilidade na redação final do projeto de lei" e nega a inclusão de uma emenda no texto sem discuti-la publicamente com os demais parlamentares.

"Não é verdade que tenha sido acrescida ao projeto uma 'emenda fantasma'. A referida emenda era de iniciativa do deputado Benício Tavares (PMDB-DF), cuja paternidade ele reafirmou quando sua autoria foi questionada e a emenda debatida no plenário", afirma Gim.

Segundo reportagem publicada pelo jornal "Correio Braziliense", Argello também teria alterado a tramitação de outros dois projetos relativos à ocupação de terras em condomínios do DF. Na nota, o suplente nega que tenha interferido na tramitação normal das matérias.

"Tanto a lei revogada quanto as emendas anuladas não produziram qualquer efeito, portanto não beneficiaram nem prejudicaram ninguém. Sobre a acusação de que foram feitas mudanças 'à caneta' em um dos projetos, ela não se sustenta por si mesma. Sabe-se que nenhuma proposta vai à publicação sobre manuscritos', afirma o suplente na nota.

Denúncias

Argello tem o prazo de 90 dias para assumir a vaga no Senado. Roriz deixou o cargo depois de ser acusado de negociar dinheiro de origem ilícita com Tarcísio Franklin de Moura, ex-presidente do BRB (Banco de Brasília), que foi preso pela Polícia Civil na Operação Aquarela. O corregedor-geral do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), está disposto a abrir investigação sobre Argello quando ele assumir o cargo.

Ex-deputado distrital, o suplente também é acusado de causar um prejuízo de R$ 1,7 milhão à Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de responder a denúncias de que teria recebido propina.

O suplente do senador Roriz estuda tomar posse apenas depois do recesso parlamentar do Congresso no mês de julho. A estratégia de Argello é aguardar que as denúncias que pesam contra ele saiam do foco, para que possa assumir o mandato sem ser o alvo de críticas de governistas e oposicionistas. Apesar de ser acusado de desvio de recursos do BRB e grilagem de terras, entre outros crimes, o suplente de Roriz está disposto a provar sua inocência para assumir a cadeira no Senado.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página