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Suplente de Roriz, Gim Argello estuda tomar posse amanhã no Senado
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RENATA GIRALDI
GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília
O suplente do senador Joaquim Roriz (PMDB-DF), Gim Argello (PTB-DF), estuda tomar posse amanhã no Senado Federal. A Folha Online apurou que o petebista já solicitou a assessores que encaminhem à Mesa Diretora do Senado os documentos necessários para que assuma o cargo na tarde desta terça-feira --último dia de trabalhos do Senado antes do recesso parlamentar de julho.
A demora de Argello em tomar posse foi provocada pelas denúncias de que o suplente estaria envolvido com irregularidades descobertas pela Polícia Civil na Operação Aquarela. Desde que Roriz renunciou ao mandato, há 12 dias, Argello não apareceu publicamente para se explicar sobre as denúncias --e chegou a cancelar entrevista coletiva quando falaria sobre as acusações.
A estratégia do suplente era aguardar o início do recesso parlamentar, com o Congresso esvaziado, para sair do foco das denúncias. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), promete investigar as acusações que envolvem o suplente assim que Argello for empossado no cargo.
O PSOL também já adiantou que vai ingressar com representação por quebra de decoro parlamentar contra o suplente assim que ele assumir o mandato no Senado Federal. Argello também é acusado de desvios da ordem de R$ 1,7 milhão na Câmara Legislativa do Distrito Federal, além de responder a denúncias de que teria recebido propina.
O advogado de Argello, Maurício Correa, ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), prometeu recorrer à Justiça para garantir que seu cliente tome posse. Partidos de oposição no Distrito Federal --liderados pelo PT, PPS, PDT e PCdoB-- pretendem encaminhar um dossiê e quem afirmam haver uma série de denúncias envolvendo o futuro senador.
Renúncia
Roriz renunciou ao cargo depois de ser acusado de negociar dinheiro de origem ilícita com o ex-presidente do BRB (Banco de Brasília) Tarsício Franklin de Moura, preso pela Polícia Civil na Operação Aquarela. O senador nega as acusações, mas acabou desistindo do mandato para evitar a perda de seus direitos políticos até 2022 caso fosse cassado --uma vez que os oito anos de inelegibilidade previstos pela legislação eleitoral passariam a contar somente em 2015, quando terminaria seu mandato no Senado.
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