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17/04/2002
-
07h01
RAYMUNDO COSTA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
PSDB e PMDB estabeleceram ontem a primeira regra de procedimento entre os dois partidos na campanha eleitoral: o virtual candidato tucano José Serra terá dois palanques onde houver dois candidatos a governador que o apóiem. Nos outros casos, apoiará o candidato do PSDB.
No primeiro caso está o Ceará, onde o apoio de Serra será dividido entre os senadores Lúcio Alcântara, candidato do ex-governador Tasso Jereissati ao governo estadual, e Sérgio Machado, inimigo político de Tasso, que será o candidato do PMDB.
No segundo caso, o exemplo mais específico é o de Goiás, onde o tucano Marconi Perillo concorrerá à reeleição contra o peemedebista Maguito Vilella, que ameaça apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. O palanque de Serra será o de Perillo, mas Serra não atacaria o peemedebista na campanha.
PSDB e PMDB repassaram a situação das duas siglas nos 26 Estados e no Distrito Federal. Há alianças feitas ou viáveis em 14 Estados e no DF, em quatro há negociações mais ou menos difíceis, mas que podem chegar a bom termo, e em outros oito a coligação é praticamente impossível.
Esse é o caso de Sergipe, Pará, Maranhão, Ceará, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Amapá. As negociações difíceis ocorrem em São Paulo, Minas, Acre e Paraíba. A aliança no Acre é possível, mas o PSDB terá de deixar o governo de Jorge Vianna (PT). O presidente tucano, José Aníbal (SP), vai ao Acre tentar uma composição.
Na Paraíba, Ney Suassuna pode abandonar a disputa pelo governo do Estado. Em troca, voltaria ao Ministério da Integração Nacional. O presidente Fernando Henrique Cardoso acertou com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), um prazo de 25 dias para Suassuna resolver a questão regional. Ele também quer ser vice de Serra.
Em São Paulo, a aliança depende do PMDB e de um entendimento entre Michel Temer e Orestes Quércia. Em Minas, o deputado Aécio Neves (PSDB) tem falado com o governador Itamar Franco, que começa a ver seus pleitos financeiros atendidos pelo governo federal.
Participaram da reunião de avaliação da aliança os presidentes do PSDB, José Aníbal (SP), e do PMDB, Michel Temer, o chefe da campanha de Serra, Pimenta da Veiga (MG), o líder tucano no Senado, Arthur da Távola, o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, o senador Sérgio Machado e o ex-assessor especial de FHC Moreira Franco (RJ).
PSDB e PMDB avaliam que a manutenção da verticalização das eleições, a ser decidida amanhã pelo STF, dificulta, mas não chega a inviabilizar a aliança entre os dois partidos.
Os dirigentes peemedebistas tentam evitar que se estabeleça um conflito Nordeste-Sul pela vaga de vice na chapa de Serra. As duas regiões reivindicam o cargo. O senador Pedro Simon (RS) ganhou um cabo eleitoral importante: o do prefeito de Fortaleza, Juraci Magalhães. Mas o nome que a cúpula trabalha é o do deputado Henrique Alves (RN).
PSDB e PMDB acertam ação em Estados
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
PSDB e PMDB estabeleceram ontem a primeira regra de procedimento entre os dois partidos na campanha eleitoral: o virtual candidato tucano José Serra terá dois palanques onde houver dois candidatos a governador que o apóiem. Nos outros casos, apoiará o candidato do PSDB.
No primeiro caso está o Ceará, onde o apoio de Serra será dividido entre os senadores Lúcio Alcântara, candidato do ex-governador Tasso Jereissati ao governo estadual, e Sérgio Machado, inimigo político de Tasso, que será o candidato do PMDB.
No segundo caso, o exemplo mais específico é o de Goiás, onde o tucano Marconi Perillo concorrerá à reeleição contra o peemedebista Maguito Vilella, que ameaça apoiar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial. O palanque de Serra será o de Perillo, mas Serra não atacaria o peemedebista na campanha.
PSDB e PMDB repassaram a situação das duas siglas nos 26 Estados e no Distrito Federal. Há alianças feitas ou viáveis em 14 Estados e no DF, em quatro há negociações mais ou menos difíceis, mas que podem chegar a bom termo, e em outros oito a coligação é praticamente impossível.
Esse é o caso de Sergipe, Pará, Maranhão, Ceará, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Amapá. As negociações difíceis ocorrem em São Paulo, Minas, Acre e Paraíba. A aliança no Acre é possível, mas o PSDB terá de deixar o governo de Jorge Vianna (PT). O presidente tucano, José Aníbal (SP), vai ao Acre tentar uma composição.
Na Paraíba, Ney Suassuna pode abandonar a disputa pelo governo do Estado. Em troca, voltaria ao Ministério da Integração Nacional. O presidente Fernando Henrique Cardoso acertou com o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), um prazo de 25 dias para Suassuna resolver a questão regional. Ele também quer ser vice de Serra.
Em São Paulo, a aliança depende do PMDB e de um entendimento entre Michel Temer e Orestes Quércia. Em Minas, o deputado Aécio Neves (PSDB) tem falado com o governador Itamar Franco, que começa a ver seus pleitos financeiros atendidos pelo governo federal.
Participaram da reunião de avaliação da aliança os presidentes do PSDB, José Aníbal (SP), e do PMDB, Michel Temer, o chefe da campanha de Serra, Pimenta da Veiga (MG), o líder tucano no Senado, Arthur da Távola, o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, o senador Sérgio Machado e o ex-assessor especial de FHC Moreira Franco (RJ).
PSDB e PMDB avaliam que a manutenção da verticalização das eleições, a ser decidida amanhã pelo STF, dificulta, mas não chega a inviabilizar a aliança entre os dois partidos.
Os dirigentes peemedebistas tentam evitar que se estabeleça um conflito Nordeste-Sul pela vaga de vice na chapa de Serra. As duas regiões reivindicam o cargo. O senador Pedro Simon (RS) ganhou um cabo eleitoral importante: o do prefeito de Fortaleza, Juraci Magalhães. Mas o nome que a cúpula trabalha é o do deputado Henrique Alves (RN).
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