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25/04/2002
-
08h38
RAQUEL ULHÔA
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O PFL só deverá decidir sobre o rumo a ser tomado pelo partido na sucessão presidencial em 6 de junho, durante reunião da Comissão Executiva Nacional, que ainda não foi convocada pelo presidente da sigla, o senador licenciado Jorge Bornhausen (SC).
A data foi divulgada ontem por Bornhausen a deputados e senadores. Os principais dirigentes pefelistas se reunirão em Brasília na próxima segunda, em jantar promovido pelo vice-presidente da República, Marco Maciel, no Palácio do Jaburu, para avaliar os resultados das consultas que estão sendo feitas por Bornhausen às bancadas estaduais.
O ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), simpático a um apoio do PFL ao presidenciável Ciro Gomes (PPS), confirmou presença. ACM disse não crer que o candidato do PSDB à Presidência, senador José Serra (SP), vá para o segundo turno das eleições. E avisou que até votará no petista Luiz Inácio Lula da Silva para evitar uma vitória do tucano: "Mesmo no primeiro turno, se ficar patente que a eleição está entre um e outro, eu voto no Lula".
A maior parte das bancadas ouvidas por Bornhausen tem defendido que o partido não apóie nenhum candidato à Presidência, ficando, assim, liberado para fazer as alianças partidárias mais convenientes em cada Estado, para eleger o maior número de deputados e senadores.
Essa foi a posição manifestada ontem pela bancada do PFL paulista, que quer apoiar a candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição. Também ouvida ontem, a bancada de Minas defendeu apoio a Ciro.
"Quem prega a liberação da bancada está pregando o apoio disfarçado a Serra. Não ter candidato deixaria o partido exposto à ação predadora do governo federal", disse o deputado Roberto Brant (PFL-MG). Ex-ministro da Previdência, ele deixou o cargo por causa do rompimento do seu partido com o governo.
Os pefelistas de São Paulo discordam. "Está difícil o partido apoiar um candidato a presidente, porque não há como conciliar os interesses estaduais, que são distintos entre si, com os interesses nacionais", afirmou o deputado Gilberto Kassab (PFL-SP).
A verticalização das coligações -norma estabelecida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que obriga os partidos a seguir nos Estados as alianças feitas para a eleição presidencial- praticamente inviabilizou uma eventual coligação do PFL com Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PTB, PDT e PPS).
O deputado Pauderney Avelino (PFL-AM) criticou o fato de Bornhausen estar ouvindo formalmente as bancadas a mais de um mês da decisão do partido. "Ouvir as bancadas agora precipita uma decisão e expõe a divisão do PFL. E isso só interessa a Serra e ao PSDB", disse.
PFL só decide seu rumo em junho
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O PFL só deverá decidir sobre o rumo a ser tomado pelo partido na sucessão presidencial em 6 de junho, durante reunião da Comissão Executiva Nacional, que ainda não foi convocada pelo presidente da sigla, o senador licenciado Jorge Bornhausen (SC).
A data foi divulgada ontem por Bornhausen a deputados e senadores. Os principais dirigentes pefelistas se reunirão em Brasília na próxima segunda, em jantar promovido pelo vice-presidente da República, Marco Maciel, no Palácio do Jaburu, para avaliar os resultados das consultas que estão sendo feitas por Bornhausen às bancadas estaduais.
O ex-senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), simpático a um apoio do PFL ao presidenciável Ciro Gomes (PPS), confirmou presença. ACM disse não crer que o candidato do PSDB à Presidência, senador José Serra (SP), vá para o segundo turno das eleições. E avisou que até votará no petista Luiz Inácio Lula da Silva para evitar uma vitória do tucano: "Mesmo no primeiro turno, se ficar patente que a eleição está entre um e outro, eu voto no Lula".
A maior parte das bancadas ouvidas por Bornhausen tem defendido que o partido não apóie nenhum candidato à Presidência, ficando, assim, liberado para fazer as alianças partidárias mais convenientes em cada Estado, para eleger o maior número de deputados e senadores.
Essa foi a posição manifestada ontem pela bancada do PFL paulista, que quer apoiar a candidatura do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à reeleição. Também ouvida ontem, a bancada de Minas defendeu apoio a Ciro.
"Quem prega a liberação da bancada está pregando o apoio disfarçado a Serra. Não ter candidato deixaria o partido exposto à ação predadora do governo federal", disse o deputado Roberto Brant (PFL-MG). Ex-ministro da Previdência, ele deixou o cargo por causa do rompimento do seu partido com o governo.
Os pefelistas de São Paulo discordam. "Está difícil o partido apoiar um candidato a presidente, porque não há como conciliar os interesses estaduais, que são distintos entre si, com os interesses nacionais", afirmou o deputado Gilberto Kassab (PFL-SP).
A verticalização das coligações -norma estabelecida pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que obriga os partidos a seguir nos Estados as alianças feitas para a eleição presidencial- praticamente inviabilizou uma eventual coligação do PFL com Ciro Gomes, candidato da Frente Trabalhista (PTB, PDT e PPS).
O deputado Pauderney Avelino (PFL-AM) criticou o fato de Bornhausen estar ouvindo formalmente as bancadas a mais de um mês da decisão do partido. "Ouvir as bancadas agora precipita uma decisão e expõe a divisão do PFL. E isso só interessa a Serra e ao PSDB", disse.
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