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11/08/2007 - 09h13

Caso de sogra fantasma de assessor respinga no prefeito tucano de Curitiba

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MARI TORTATO
da Agência Folha, em Curitiba

A sogra do chefe de gabinete do prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), Ezequias Moreira Rodrigues, pediu demissão ontem dos quadros da Assembléia Legislativa do Paraná depois que documentos enviados ao Ministério Público do Estado levantaram a suspeita de que era funcionária fantasma da Casa desde 2002.

O secretário seria o dono da conta bancária onde o salário de cerca de R$ 3.400 mil pago à sua sogra, Verônica Durau, era depositado todo mês.

O pedido formal de desligamento foi uma articulação da bancada do PSDB na Assembléia e do próprio prefeito tucano para estancar um escândalo que pode respingar em sua campanha à reeleição no próximo ano.

Só na próxima semana o promotor de Proteção ao Patrimônio Público, Odoné Serrano Jr., irá analisar os documentos recebidos e dizer se cabe ação de ressarcimento da soma sacada.

O presidente da Assembléia Legislativa, Nelson Justus (DEM), confirmou ontem à reportagem que Verônica Durau era funcionária da Casa, disse que abriu sindicância para apurar a situação funcional de Durau e que cobra da liderança do PSDB explicações sobre o caso.

Durau estava lotada no gabinete da liderança tucana. A cópia do holerite que chegou ao Ministério Público tem anotado o gabinete do deputado Carlos Alberto Richa como local de origem. Beto Richa deixou a Assembléia em 2000 para assumir o cargo de vice do prefeito Cassio Taniguchi (DEM).

Justus diz que essa informação é um ponto ainda obscuro. Segundo ele, Durau teria cumprido expediente no gabinete do deputado, ao lado do genro, mas tem ato de exoneração dela 2000, quando Richa renunciou ao cargo.

Ezequias Rodrigues acompanha os políticos da família Richa desde os anos 80, quando ganhou cargo no governo de José Richa, pai de Beto. É lotado desde 1983 na Sanepar (companhia estadual de saneamento). Foi emprestado ao gabinete do deputado Beto Richa nos anos 90 e agora cedido à prefeitura.

Numa entrevista anteontem à "Gazeta do Povo", Durau disse que nunca trabalhou na Assembléia, mas que às vezes acompanhava a filha Sandra (mulher de Rodrigues) quando ela ia ao posto bancário de lá fazer saque de dinheiro. Disse também que não sabia que seu nome integrava a lista de funcionários.

Procurada ontem pela Folha, Durau não foi encontrada. Em nota, seu genro diz ser vítima de "falsa acusação" e "informações mentirosas".

A comunicação social da prefeitura divulgou nota oficial dizendo que Ezequias Rodrigues "conta com a confiança [de Richa]" e que "o prefeito não conhece nenhum fato que desabone sua vida pública".

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