Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
13/08/2007 - 21h08

Ex-deputado envolvido com máfia dos sanguessugas é preso pela PF

Publicidade

HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande

A Polícia Federal prendeu hoje em Brasília o ex-deputado Lino Rossi (PP-MT), acusado de receber R$ 3 milhões em propina da máfia dos sanguessugas. Ele estava no aeroporto e embarcava para Guarulhos, em um vôo da TAM, quando foi abordado pelos policiais.

O juiz da 2ª Vara Federal de Cuiabá (MT), Jeferson Schneider, decretou a prisão preventiva (por tempo indeterminado) porque o ex-deputado não era localizado há um mês para ser interrogado no processo judicial, no qual responde à acusação.

Rossi foi denunciado pelo Ministério Público Federal no fim de junho deste ano por lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, fraude em licitação e por corrupção passiva, crime esse que cometeu 108 vezes, segundo a acusação.

O delegado da PF José Maria Fonseca disse que Rossi não era encontrado nos endereços fornecidos por ele durante depoimentos na polícia.

Após quatro tentativas de achar Rossi, o juiz decretou a prisão no último dia 9. A PF fazia buscas em Mato Grosso, São Paulo e Brasília.

O ex-deputado desistiu de tentar a reeleição, após a PF desmontar o esquema dos sanguessugas, no qual parlamentares teriam recebido propina da família Vedoin, de Cuiabá, em troca de emendas ao Orçamento para compra de ambulâncias.

O Conselho de Ética da Câmara recomendou em 21 de dezembro a cassação de Rossi, mas o recesso parlamentar impediu a votação em plenário. Se fosse cassado, o ex-deputado perderia os direitos políticos.

Rossi disse à Folha, em agosto de 2006, que recebeu do empresário Darci Vedoin colchões, camisetas, cestas básicas, cadeiras de rodas, eletrodomésticos e até 75 mil salsichas, além de um ônibus e uma carreta emprestados.

Ele negou, porém, ter recebido propina. Os bens, segundo o ex-parlamentar, foram usados em campanhas de assistência social em Mato Grosso.

A reportagem procurou hoje o advogado José Antônio Duarte Alvares, defensor de Rossi, mas foi informada que ele viajou. Sua secretária disse que não poderia dar o número do celular.

Colaborou ANDRÉA MICHAEL, da Sucursal de Brasília

Acompanhe as notícias em seu celular: digite wap.folha.com.br

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página