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01/05/2002
-
18h46
CAMILO TOSCANO
da Folha Online
Em seu último discurso em São Paulo nas comemorações organizadas pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para marcar o Dia do Trabalho, Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência pelo PT, criticou a política para a geração de emprego, a política econômica do governo federal e as viagens realizadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
"No nosso país, gringo não manda. Não pode ter instituição que venha dizer 'fulano de tal não pode ganhar [a eleição], senão não vamos mandar dinheiro'. Eu não estou pedindo votos para eles", disse Lula em seu discurso, realizado na cidade de Santo André (ABC).
O petista, que participou de uma "maratona" de comícios da CUT, se referia às avaliações divulgadas na segunda-feira (29) pelo banco Morgan Stanley e pela corretora Merril Lynch, que rebaixavam as recomendações para aquisição de títulos da dívida externa do Brasil por causa do crescimento de Lula nas pesquisas.
Ironizando a atuação do presidente FHC no cargo, Lula disse que ele, além de viajar pelo exterior, deveria conhecer mais o Brasil. "Não sou contra as viagens ao exterior. Mas, na volta, venha conhecer sua gente, presidente", afirmou.
O pré-candidato do PT disse criticou também a atuação do governo para conter o desemprego. "O que dá dignidade a um homem, a uma mulher, é o trabalho e nós queremos trabalhar. Não queremos viver de políticas compensatórias", afirmou.
Sobre a flexibilização da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Lula disse ser favorável à idéia desde 1975, mas quer antes a criação de um código mínimo de direitos básicos, para então adotar um código de direito coletivo.
Artistas
Ao deixar Santo André, depois de passar por São Bernardo (ABC), Campo Limpo (zona sul de São Paulo) e Itaquera (zona leste), Lula viajou para o Rio de Janeiro, junto com o presidente do PT, José Dirceu, para um encontro com artistas.
Entre eles, estão os cantores Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso, que participaram da campanha presidencial de Lula em 1989. Segundo o petista, o encontro será para formar um "movimento de todos os homens e mulheres de bem do país".
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"No nosso país, gringo não manda", diz Lula em discurso
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da Folha Online
Em seu último discurso em São Paulo nas comemorações organizadas pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para marcar o Dia do Trabalho, Luiz Inácio Lula da Silva, pré-candidato à Presidência pelo PT, criticou a política para a geração de emprego, a política econômica do governo federal e as viagens realizadas pelo presidente Fernando Henrique Cardoso.
"No nosso país, gringo não manda. Não pode ter instituição que venha dizer 'fulano de tal não pode ganhar [a eleição], senão não vamos mandar dinheiro'. Eu não estou pedindo votos para eles", disse Lula em seu discurso, realizado na cidade de Santo André (ABC).
O petista, que participou de uma "maratona" de comícios da CUT, se referia às avaliações divulgadas na segunda-feira (29) pelo banco Morgan Stanley e pela corretora Merril Lynch, que rebaixavam as recomendações para aquisição de títulos da dívida externa do Brasil por causa do crescimento de Lula nas pesquisas.
Ironizando a atuação do presidente FHC no cargo, Lula disse que ele, além de viajar pelo exterior, deveria conhecer mais o Brasil. "Não sou contra as viagens ao exterior. Mas, na volta, venha conhecer sua gente, presidente", afirmou.
O pré-candidato do PT disse criticou também a atuação do governo para conter o desemprego. "O que dá dignidade a um homem, a uma mulher, é o trabalho e nós queremos trabalhar. Não queremos viver de políticas compensatórias", afirmou.
Sobre a flexibilização da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), Lula disse ser favorável à idéia desde 1975, mas quer antes a criação de um código mínimo de direitos básicos, para então adotar um código de direito coletivo.
Artistas
Ao deixar Santo André, depois de passar por São Bernardo (ABC), Campo Limpo (zona sul de São Paulo) e Itaquera (zona leste), Lula viajou para o Rio de Janeiro, junto com o presidente do PT, José Dirceu, para um encontro com artistas.
Entre eles, estão os cantores Gilberto Gil, Chico Buarque e Caetano Veloso, que participaram da campanha presidencial de Lula em 1989. Segundo o petista, o encontro será para formar um "movimento de todos os homens e mulheres de bem do país".
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