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01/05/2002 - 20h03

Tasso critica critério de escolha para vice-presidente em chapa tucana

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KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza

O ex-governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), criticou nesta quarta-feira o critério que está sendo usado para a escolha do vice-presidente na chapa encabeçada pelo tucano José Serra e disse que, mais importante do que ter um vice nordestino, o candidato precisa apresentar um projeto para o Nordeste.

Tasso critica, na verdade, a idéia tanto de membros do PSDB como do PMDB que, com um vice do Nordeste, a aliança estaria ampliando o leque de obtenção de votos já que faltaria a Serra uma identificação eleitoral com aquela região.

"É claro que o vice influencia numa eleição, mas discordo que tenha de ser necessariamente nordestino. Um projeto, que tenha como objetivo um crescimento econômico diferenciado para o Nordeste alcançar o nível de desenvolvimento das demais regiões do país, é muito mais importante."

Tasso resumiu a questão dizendo que um bom vice não precisa levar votos ao candidato, mas deve ser competente para assumir o cargo de presidente na ausência do titular.

Tasso reiterou seu apoio à candidatura de Serra, mas afirmou que não irá engajar-se na campanha nacional. "Não posso por causa da disputa estadual, mas com certeza irei acompanhá-lo quando estiver aqui no Ceará", disse o ex-governador, que é pré-candidato ao Senado.

Atenções
Hoje, ele dividiu as atenções com a modelo Luma de Oliveira na inauguração de uma termelétrica construída pelo marido dela, Eike Batista, na região do Porto do Pecém, a 60 km de Fortaleza, batizada de Unidade Termelétrica Senador Carlos Jereissati.

Estiveram ainda no evento o presidente da Petrobras, Francisco Gros, e o presidente do BNDES, Eleazar de Carvalho.

Luma chegou a afirmar que, caso Tasso fosse mesmo candidato a presidente, ela votaria nele "com certeza". Agora, com Tasso fora da disputa, ela está indecisa. "Ainda não conheço o trabalho do Serra. Por isso, preciso pensar mais um pouco", disse.

O ex-governador recebeu ainda manifestações de apoio a uma virtual candidatura sua à presidência do prefeito de Caucaia, Domingos Pontes (PPB), e do secretário do Desenvolvimento do Estado, Raimundo Viana.

"A única hipótese de eu ser candidato a presidente é se o povo fizer uma manifestação em massa gritando o meu nome, mas isso não vai acontecer", disse Tasso, em tom bem humorado.

Campanha
Ao falar sobre como será a campanha eleitoral no Ceará, Tasso afirmou que irá se comportar como em 1998, quando apoiou o presidente Fernando Henrique Cardoso mesmo mantendo a aliança estadual com o PPS de Ciro Gomes, que acabou ficando sem palanque no Ceará.

Na época, Tasso foi acusado por lideranças tucanas de "cruzar os braços" e fazer "corpo mole" na campanha de FHC. O presidente perdeu para o petista Luiz Inácio Lula da Silva e para Ciro em Fortaleza.

Nas eleições deste ano, PSDB e PPS manterão uma aliança informal no Ceará e novamente Ciro ficará sem palanque oficial.

"Mas, o que não vai faltar para o Ciro, com certeza, é palanque no Estado dele." Tasso garante, porém, que o espaço que o PSDB dispõe no Ceará será de Serra.

Leia mais no especial Eleições 2002
 

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