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02/05/2002 - 14h32

Jornal dos EUA analisa chances de vitória de Lula nas eleições

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da Folha Online

A coluna de Andrés Oppenheimer, do jornal "The Miami Herald", traz hoje declarações de analistas dos Estados Unidos sobre a possibilidade de vitória do pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais. Em sua maioria, os analistas consideram que o petista tem apenas 30% de chance de vitória.

Além do próprio colunista, opinaram sobre as eleições e as chances de Lula cinco analistas. O colunista é o que considera que Lula, que lidera as recentes pesquisas de intenção de voto, tem mais chances.

Veja abaixo as análises publicadas na coluna:

Andrés Oppenheimer é o que mais aposta em Lula. Ele dá, em sua coluna, de 40% a 45% de chances de vitória a Lula.

Segundo Oppheimer, "Serra, o candidato do governo, não é visto como bom de campanha, e a oposição irá se beneficiar do crescimento do sentimento de anticorrupção, que pode provocar a surpresa de uma vitória de Lula no primeiro turno. Se houver um segundo turno, deverá ser como na história [recente das eleições presidenciais brasileiras]".

Paulo Leme, diretor de mercados emergentes da Goldman Sachs, em Nova York:

- Considera em 30% as chances de Lula tornar-se presidente. "Não há dúvidas do crescimento de Lula nas pesquisas, mas as pesquisas de opinião no Brasil nesta altura do jogo mostrou-se no passado de pobres em previsão. 50% das pessoas ainda não se decidiram. E a campanha de Serra ainda não decolou."

Michael Gavin, principal pesquisador econômico do UBS Warburg, em Nova York:

- Dá a Lula 30% de chance. "Os brasileiros são muito cautelosos para dar um chute no escuro. E o Brasil não vive um momento de baixa na economia e problemas sociais que possa gerar um voto antigovernista forte o suficiente para eleger Lula."

Paulo Vieira da Cunha, chefe em Nova York da Lehman Brothers para economia na América Latina:

- Também considera em 30% as chances de Lula. "A distribuição de pesquisas políticas favorece fortemente candidatos governistas. E o segundo turno eleitoral no Brasil é inerentemente conservador."

Robert Berges, analista senior da estratégia de ações da América Latina da corretora Merrill Lynch:

- Acredita ser de 30% as chances do petista. "Você verá as pesquisas mudarem em julho e agosto, quando a campanha realmente começar. Serra não está visível ainda. Mas terá o governo por trás e terá os meios de comunicação a seu favor. Brasil é ainda nosso mercado favorito na América Latina.

A corretora, junto com o banco Morgan Stanley, protagonizaram na segunda-feira passada (29 de abril) um episódio de bastante repercussão negativa no Brasil, ao rebaixarem as recomendações para aquisição de títulos da dívida externa do Brasil por causa do crescimento de Lula nas pesquisas.

Além dos próprios petistas, Serra e Ciro Gomes, pré-candidato do PPS a presidente, criticaram as avaliações negativas. Serra afirmou que a Merril Lynch e o Morgan Stanley "já erraram diversas vezes no passado" e disse que estavam contaminadas pelo "pesquisismo". Ciro afirmou que o efeito pode ser mais negativo para Serra do que para Lula, já que o eleitorado iria identificar o tucano como "o candidato das multinacionais".

Albert Fishlow, da Universidade de Columbia, especialista em estudos sobre o Brasil e até recentemente consultor de Wall Street:

- Considera que sejam de 25% as chances de vitória de Lula. "Historicamente, Lula sempre começa com considerável vantagem nas pesquisas. Mas Garotinho está próximo de desistir da corrida para disputar a reeleição no Rio, e seus votos não vão para Lula. São votos protestantes, de classe média e média baixa, que finalmente irão para Serra."

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