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18/08/2007 - 08h25

Disputa em Salvador tem briga no DEM e apresentador de programa popular

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LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

A disputa pela Prefeitura de Salvador --a primeira eleição na Bahia nos últimos 50 anos sem a presença do senador Antonio Carlos Magalhães-- começa com uma novidade e uma "briga" interna no DEM, justamente o partido que no Estado era comandado com mão de ferro por ACM, morto no último dia 20.

Depois de perder para o PT uma hegemonia de 16 anos no governo estadual, o DEM agora quer recuperar terreno, reconquistando a prefeitura mais importante entre as 417 da Bahia. Os deputados federais Antonio Carlos Magalhães Neto e José Carlos Aleluia travam uma disputa interna --a maioria dos políticos ligados ao ex-governador Paulo Souto, que domina o partido no Estado, prefere ver Aleluia como candidato.

Os aliados de ACM Neto utilizam os números para minar a eventual candidatura "rival". Na última eleição para deputado federal, o herdeiro político da família Magalhães obteve 107 mil votos na capital baiana, ante os 8.000 conquistados por Aleluia.

"Não admito ser candidato, mas admito conversar sobre a hipótese", disse ACM Neto. "Estou trabalhando para ser candidato porque acho que a cidade precisa de um prefeito experiente e com liderança. Mas adianto que o partido chegará unido à convenção. Se o deputado ACM Neto for o escolhido, vou emprestar minha experiência à sua candidatura", disse Aleluia.

Novidade

A maior surpresa na sucessão municipal é o radialista Raimundo Varela (sem partido), presença diária na televisão e no rádio baianos nas últimas três décadas. Popular principalmente entre os mais pobres, e sem nunca ter disputado uma eleição, Varela foi convidado pelo vice-presidente da República, José Alencar, para se filiar ao PRB --a cerimônia está prevista para o próximo dia 14, em Salvador.

"Não sou candidato de ninguém, o povo está me colocando na história", disse Varela, ao ser perguntado sobre a sua ligação com a TV Itapoan (Rede Record), emissora controlada pela Igreja Universal do Reino de Deus.

"Por que um radialista não pode ser prefeito de uma cidade importante como Salvador? O povo já deu demonstrações de que está cansado da mesmice, das mesmas caras, das mesmas promessas que nunca são cumpridas."

Varela também é uma "arma" à disposição do DEM. "Se por qualquer motivo não lançarmos candidato próprio, vamos compor com políticos que têm afinidade com o nosso programa, e Raimundo Varela e Antonio Imbassahy [ex-prefeito de Salvador pelo antigo PFL por oito anos, atualmente no PSDB] preenchem estes requisitos", disse ACM Neto.

Sem dinheiro para realizar os seus projetos e desgastado com a paralisação de obras principalmente nas áreas onde se concentram as camadas mais ricas da população, o prefeito João Henrique Carneiro, que trocou o PDT pelo PMDB, já está em campanha pela reeleição.

O PT, que lançou candidatura própria nas três últimas eleições municipais, está dividido: uma ala do partido apóia a coligação com o PMDB, enquanto outra defende o lançamento de um nome. "Os apoios públicos recebidos pelo prefeito João Henrique são muito importantes, mas o partido somente vai tomar uma posição no ano que vem", disse Marcelinho Galo, presidente da executiva regional do PT.

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