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13/05/2002
-
19h53
da Folha de S.Paulo, em Brasília
No Brasil, mais de 30 trabalhadores negros já foram empregados pelo sistema de cotas no serviço público federal. No final do ano passado, os ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Agrário estipularam que a mão-de-obra terceirizada deveria conter obrigatoriamente 20% de trabalhadores negros.
Ainda nesta semana o STF (Supremo Tribunal Federal) pretende concluir o processo de licitação para a contratação de funcionários para a áreas de comunicação social do órgão, que terá três ou quatro vagas destinadas para negros.
No STF, em todas as licitações para contratação de pessoal, obrigatoriamente 20% das vagas terão de ser destinadas para negros.
No Ministério do Desenvolvimento Agrário o preenchimento das vagas para negros teve início com um processo de licitação concluído em outubro do ano passado. A seleção ocorreu por meio de entrevistas, análise dos currículos e cor da pele.
Foram contratados 14 pessoas para atendimento, 15 office boys e dois motoristas, com salários variando entre R$ 315 e R$ 520. O prazo de validade do contrato é de um ano, podendo ser renovado por até 60 meses.
O Ministério da Justiça, que também já emprega negros por meio de empresas terceirizadas nas áreas administrativas e de manutenção, informática e segurança, não soube informar o número de negros que já trabalham no órgão.
Ana Beatriz Pereira, 27, já é uma das pessoas beneficiadas pelas cotas. Por meio do programa de ações afirmativas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ana, que trabalhava na área de limpeza, conseguiu uma vaga como secretária no Incra.
Para ela, o programa lhe deu uma oportunidade de aprendizado e de crescimento profissional que dificilmente conseguiria em outra situação. O salário, que na limpeza era de R$ 250, na nova função aumentou para R$ 460.
Ana, que já concluiu o segundo grau e pretende estudar direito, é a favor do aumento das cotas para que outros negros tenham a mesma oportunidade que ela está tendo.
Para Junia Leonel, consultora do programa de ações afirmativas do ministério, além de implementar as cotas, é necessário preparar o ambiente nos órgãos públicos para que não haja rejeição dos funcionários empregados por meio das cotas.
"Se a pessoa empregada pela cota não tiver um bom desempenho, os outros funcionários irão achar que há favorecimento. Por isso é necessário o treinamento e o acompanhamento constante", disse Junia.
Leia mais:
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Líder do PT elogia FHC por apoio à união civil entre homossexuais
Sistema de cota de vagas federais para negros já empregou 30
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No Brasil, mais de 30 trabalhadores negros já foram empregados pelo sistema de cotas no serviço público federal. No final do ano passado, os ministérios da Justiça e do Desenvolvimento Agrário estipularam que a mão-de-obra terceirizada deveria conter obrigatoriamente 20% de trabalhadores negros.
Ainda nesta semana o STF (Supremo Tribunal Federal) pretende concluir o processo de licitação para a contratação de funcionários para a áreas de comunicação social do órgão, que terá três ou quatro vagas destinadas para negros.
No STF, em todas as licitações para contratação de pessoal, obrigatoriamente 20% das vagas terão de ser destinadas para negros.
No Ministério do Desenvolvimento Agrário o preenchimento das vagas para negros teve início com um processo de licitação concluído em outubro do ano passado. A seleção ocorreu por meio de entrevistas, análise dos currículos e cor da pele.
Foram contratados 14 pessoas para atendimento, 15 office boys e dois motoristas, com salários variando entre R$ 315 e R$ 520. O prazo de validade do contrato é de um ano, podendo ser renovado por até 60 meses.
O Ministério da Justiça, que também já emprega negros por meio de empresas terceirizadas nas áreas administrativas e de manutenção, informática e segurança, não soube informar o número de negros que já trabalham no órgão.
Ana Beatriz Pereira, 27, já é uma das pessoas beneficiadas pelas cotas. Por meio do programa de ações afirmativas do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ana, que trabalhava na área de limpeza, conseguiu uma vaga como secretária no Incra.
Para ela, o programa lhe deu uma oportunidade de aprendizado e de crescimento profissional que dificilmente conseguiria em outra situação. O salário, que na limpeza era de R$ 250, na nova função aumentou para R$ 460.
Ana, que já concluiu o segundo grau e pretende estudar direito, é a favor do aumento das cotas para que outros negros tenham a mesma oportunidade que ela está tendo.
Para Junia Leonel, consultora do programa de ações afirmativas do ministério, além de implementar as cotas, é necessário preparar o ambiente nos órgãos públicos para que não haja rejeição dos funcionários empregados por meio das cotas.
"Se a pessoa empregada pela cota não tiver um bom desempenho, os outros funcionários irão achar que há favorecimento. Por isso é necessário o treinamento e o acompanhamento constante", disse Junia.
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