Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
16/05/2002 - 07h32

Marin e Ricardo Sérgio vão depor na CPI do Banespa

Publicidade

FERNANDO RODRIGUES
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A CPI do Banespa convocou ontem os empresários Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregorio Marin Preciado para prestarem depoimento na semana que vem, em Brasília.

Ricardo Sérgio é ex-diretor do Banco do Brasil e ex-arrecadador de fundos para campanhas do presidenciável tucano, José Serra, e do presidente Fernando Henrique Cardoso.

A CPI acredita que ele participou de negócios com o Banespa que precisam ser esclarecidos.

Gregorio Marin foi membro do Conselho de Administração do Banespa, de 1983 a 1987, e teve um terreno em sociedade com o pré-candidato à Presidência José Serra em São Paulo.

"Essas pessoas precisam dar explicações sobre os negócios que tiveram com o Banespa e foram convocadas", diz o presidente da CPI, o deputado Luiz Antônio Fleury Filho (PTB-SP), que foi governador de São Paulo (91-94).

Foram convocados para depor também as seguintes pessoas: Vidal dos Santos Rodrigues, Antonio Diamantino Rodrigues, Roberto Visneviski e Ronaldo de Souza. O requerimento de convocação foi assinado pelo relator da CPI do Banespa, deputado Robson Tuma (PFL-SP).

O que chamou a atenção na convocação de ontem foi a inclusão do nome de Gregorio Marin Preciado. Ele é casado com uma prima de José Serra. Além disso, teve um terreno em sociedade com o tucano, de 81 a 95, no Morumbi, bairro nobre da cidade de São Paulo.

Gregorio Marin e Serra venderam o terreno em 25 de abril de 1995, mas registraram a operação num cartório de imóveis somente em 19 de setembro daquele ano, quando receberam o pagamento total pela venda.

O Banco do Brasil tinha uma dívida para receber de Marin e decidiu arrestar o bem em maio de 1995. A decisão foi protocolada na Justiça em 25 de julho, mas resultou nula por causa da venda.

Banespa
A CPI do Banespa foi instalada no ano passado, com o apoio de partidos de esquerda, com o objetivo de investigar a má gestão na instituição, que culminou com a intervenção federal em 31 de dezembro de 1994.

O banco ficou sob administração federal até 2000, quando foi leiloado e adquirido pelo banco espanhol Santander.

O interesse da esquerda é comprovar, principalmente, que o processo de privatização do banco foi mal conduzido pelo governo, que a instituição foi subavaliada. Já o deputado Fleury quer provar que, se houve erro, má-fé ou irregularidades na gestão do banco, isso ocorreu em administrações anteriores ao seu governo.

Assim que a comissão foi instalada, o governo mobilizou sua base no Congresso para tentar esvaziar a CPI. A comissão não foi desfeita, mas até agora não apresentou nenhum fato concreto de irregularidade.
 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página