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21/05/2002
-
14h20
da Folha Online
A área de segurança pública, avaliada como um dos pontos negativos do governo Fernando Henrique Cardoso, será prioridade de um eventual governo José Serra (PSDB), segundo o pré-candidato tucano à Presidência da República.
Serra defendeu, em entrevista à rádio CBN, uma atuação mais forte do governo federal na área. Para isso, planeja criar um Ministério da Segurança e uma polícia fardada que atue sob o comando da Polícia Federal no combate ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas.
"Defendo que o governo federal entre mais agressivamente nessa área. Não só [criar] o Ministério, mas uma Polícia Militar dentro da Polícia Federal para fazer o combate ao que é a base do crime organizado, que é contrabando de armas e o tráfico de drogas. Uma Polícia Federal fardada", afirmou, prometendo divulgar dados mensais sobre a violência no país.
Questionado sobre possíveis mudanças na legislação penal, Serra disse ser contra a pena de morte, mas que a redução da maioridade penal deve ser discutida. Ele também se colocou contra o cumprimento de um sexto da pena de um criminoso (conforme legislação de progressão penal, isso acontece nos casos de bom comportamento e bons antecedentes criminais).
"Não sou a favor da pena de morte, porque estudei esse assunto. A decisão nos EUA é estadual e, nos Estados onde ela foi instituída os crimes não diminuíram. É um processo caríssimo, complicadíssimo", afirmou. "Para algumas coisas, a idade penal tem que ser reduzida. Temos que ter uma legislação equilibrada."
Juventude
José Serra considerou boa a idéia, apresentada em uma das perguntas feitas durante o programa da CBN, de criar uma bolsa-jovem, nos moldes do bolsa-escola. Segundo a proposta, o jovem receberia um incentivo em dinheiro para continuar estudando.
"Acho uma boa idéia [a bolsa-jovem]. Temos que trabalhar para ver quanto custa, como fazer. A gente pode pensar também na contrapartida", afirmou.
Para ele, "o crime recruta os jovens" e é preciso "combater as causas, mas enquanto não se combate as causas, tem que enfrentar os efeitos". O combate às causas se daria por meio de investimentos para criar condições de trabalho e investimento em cultura e lazer, "para que o jovem se sinta dono do país".
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Proposta de Serra para a segurança inclui criação de nova polícia
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A área de segurança pública, avaliada como um dos pontos negativos do governo Fernando Henrique Cardoso, será prioridade de um eventual governo José Serra (PSDB), segundo o pré-candidato tucano à Presidência da República.
Serra defendeu, em entrevista à rádio CBN, uma atuação mais forte do governo federal na área. Para isso, planeja criar um Ministério da Segurança e uma polícia fardada que atue sob o comando da Polícia Federal no combate ao contrabando de armas e ao tráfico de drogas.
"Defendo que o governo federal entre mais agressivamente nessa área. Não só [criar] o Ministério, mas uma Polícia Militar dentro da Polícia Federal para fazer o combate ao que é a base do crime organizado, que é contrabando de armas e o tráfico de drogas. Uma Polícia Federal fardada", afirmou, prometendo divulgar dados mensais sobre a violência no país.
Questionado sobre possíveis mudanças na legislação penal, Serra disse ser contra a pena de morte, mas que a redução da maioridade penal deve ser discutida. Ele também se colocou contra o cumprimento de um sexto da pena de um criminoso (conforme legislação de progressão penal, isso acontece nos casos de bom comportamento e bons antecedentes criminais).
"Não sou a favor da pena de morte, porque estudei esse assunto. A decisão nos EUA é estadual e, nos Estados onde ela foi instituída os crimes não diminuíram. É um processo caríssimo, complicadíssimo", afirmou. "Para algumas coisas, a idade penal tem que ser reduzida. Temos que ter uma legislação equilibrada."
Juventude
José Serra considerou boa a idéia, apresentada em uma das perguntas feitas durante o programa da CBN, de criar uma bolsa-jovem, nos moldes do bolsa-escola. Segundo a proposta, o jovem receberia um incentivo em dinheiro para continuar estudando.
"Acho uma boa idéia [a bolsa-jovem]. Temos que trabalhar para ver quanto custa, como fazer. A gente pode pensar também na contrapartida", afirmou.
Para ele, "o crime recruta os jovens" e é preciso "combater as causas, mas enquanto não se combate as causas, tem que enfrentar os efeitos". O combate às causas se daria por meio de investimentos para criar condições de trabalho e investimento em cultura e lazer, "para que o jovem se sinta dono do país".
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