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22/05/2002 - 03h19

Se país virar Argentina, a culpa é de FHC, diz Ciro

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LEILA SUWWAN
da Folha de S. Paulo, em Brasília

O risco de o Brasil "virar uma Argentina" nas mãos de um governante de oposição -apelo eleitoral frequentemente usado pelo presidenciável tucano, José Serra- é, na visão do pré-candidato Ciro Gomes (PPS), um reconhecimento de culpa do governo Fernando Henrique Cardoso pela vulnerabilidade externa do país.

Em entrevista divulgada ontem, o presidente FHC adotou a estratégia de Serra e afirmou que esse risco existe, se o próximo presidente for "incompetente".

"Acho que foi o atual presidente que colocou o país nesse risco. O país deve escolher uma pessoa muito competente e com muita habilidade para desarmar a bomba. Ele [Serra] não é a pessoa mais indicada para isso", disse.

Ciro Gomes também comentou a turbulência política em torno da escolha do vice de Serra.

"O candidato oficial tem passado por maus bocados porque transformou a escolha do vice em uma ferramenta de aliciamento para uma aliança extremamente contraditória", disse. Para ele, a deputada Rita Camata (PMDB-ES), cotada para compor a chapa com Serra, é "uma mulher de extremo valor".

O presidenciável também avaliou que o atraso na votação da prorrogação da cobrança da CPMF é culpa do governo, que "dormiu no ponto" ao não pressionar a votação mais cedo.

Ciro Gomes participou ontem do debate promovido pela subcomissão de moradia e desenvolvimento urbano do Senado, em que os pré-candidatos expõem, em dias diferentes, suas propostas para tentar sanar o déficit habitacional do país.

No início do mês, Anthony Garotinho, pré-candidato do PSB, falou de sua experiência no governo do Rio de Janeiro e mostrou um vídeo com depoimentos sobre o assunto.

Apesar de ironizar a promessa de Garotinho de criar o Ministério da Moradia caso seja eleito, Ciro defendeu a transformação da Secretaria de Desenvolvimento Urbano, hoje ligada à Presidência, em um ministério independente.

Ciro apresentou como meta de seu governo a construção de 300 mil moradias por ano, a um custo de R$ 2,1 bilhões, arcado parcialmente pela União.

 

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