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24/05/2002
-
13h53
da Folha Online
"Eu não tenho medo de investigação nenhuma." A declaração é do pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Anthony Garotinho, sobre a liminar cassada anteontem pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) proibindo a publicação de entrevista da revista "Carta Capital" que supostamente comprometeria Garotinho.
Ex-governador do Rio de Janeiro, Garotinho se defendeu hoje em programa da rádio CBN. A reportagem com o empreiteiro Guilherme Freire, que diz ter sido doador de campanhas e intermediário de negócios de Garotinho, deve ser publicada hoje na revista.
A liminar cassada, concedida pelo juiz Marcelo Oliveira da Silva, da 21ª Vara Civil do Rio de Janeiro, impedia a publicação de "quaisquer gravações ou fitas, ou ainda transcrições ou escritos, relativos a interceptações de ligações telefônicas".
"Esse cidadão [Freire] era um empreiteiro da cidade de Campos, em 1989. O meu sucessor era primo do Freire e eles instalaram na cidade um cartel, que privilegiava a empreiteira dele. Eu rompi com ele e me candidatei novamente à prefeitura em 1996 para acabar com este cartel", afirmou Garotinho.
O pré-candidato defendeu a liberdade de imprensa "com verdade" e disse que as acusações de Freire têm sido utilizadas em todas as suas campanhas desde então. "Ele fez isso em 96, fez isso em 98. Eu desconfio que ele [Freire] está se prestando a alguma candidatura", afirmou.
Garotinho disse que, na disputa pelo governo do Estado do Rio de Janeiro em 1998, seu adversário Cesar Maia (hoje no PFL) utilizou o conteúdo de uma dessas fitas, acusando o pessebista de ter comprado uma rádio e sem declará-la ao Fisco.
"A fita foi editada, porque falava da FM 'O Dia', e a proposta foi feita pelo dono da emissora, Ari de Carvalho. O próprio Ari disse publicamente que a proposta era em nome dele e da FM 'O Dia'. Não tenho medo de investigações", afirmou.
Freire teria relatado à revista que seu rompimento com Garotinho foi motivado por um pedido por parte do ex-governador para que ele intermediasse a compra de uma emissora da cidade de Campos. O pedido teria sido negado.
Contas do Rio
O presidenciável se defendeu também das acusações de que teria deixado "um rombo" nas contas do Estado, feitas pela governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), que o subsituiu no cargo em abril deste ano. Ele criticou o PT e o PSDB e disse que as acusações são políticas.
"Eu lamento que o PT tenha escolhido uma equipe tão fraca para administrar o Rio de Janeiro. Infelizmente é um jogo político. É uma jogada política para descaracterizar a administração Garotinho", afirmou.
Questionado sobre a provação com 12 ressalvas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) das contas de seu governo, Garotinho disse o número de ressalvas foi o "menor de todos os tempos". Segundo ele, o comum é ocorrerem de 35 a 40 ressalvas.
Garotinho disse que irá processar a governadora pelas acusações e alfinetou o PSDB. "Deixei o governo do Estado com o salário em dia, ao contrário do governador Marcello Alencar, do PSDB, partido do Fernando Henrique Cardoso, que deixou o salário em atraso", afirmou.
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Veja também o especial Eleições 2002
Em entrevista, Garotinho diz não ter medo de investigações
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"Eu não tenho medo de investigação nenhuma." A declaração é do pré-candidato à Presidência da República pelo PSB, Anthony Garotinho, sobre a liminar cassada anteontem pelo TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) proibindo a publicação de entrevista da revista "Carta Capital" que supostamente comprometeria Garotinho.
Ex-governador do Rio de Janeiro, Garotinho se defendeu hoje em programa da rádio CBN. A reportagem com o empreiteiro Guilherme Freire, que diz ter sido doador de campanhas e intermediário de negócios de Garotinho, deve ser publicada hoje na revista.
A liminar cassada, concedida pelo juiz Marcelo Oliveira da Silva, da 21ª Vara Civil do Rio de Janeiro, impedia a publicação de "quaisquer gravações ou fitas, ou ainda transcrições ou escritos, relativos a interceptações de ligações telefônicas".
"Esse cidadão [Freire] era um empreiteiro da cidade de Campos, em 1989. O meu sucessor era primo do Freire e eles instalaram na cidade um cartel, que privilegiava a empreiteira dele. Eu rompi com ele e me candidatei novamente à prefeitura em 1996 para acabar com este cartel", afirmou Garotinho.
O pré-candidato defendeu a liberdade de imprensa "com verdade" e disse que as acusações de Freire têm sido utilizadas em todas as suas campanhas desde então. "Ele fez isso em 96, fez isso em 98. Eu desconfio que ele [Freire] está se prestando a alguma candidatura", afirmou.
Garotinho disse que, na disputa pelo governo do Estado do Rio de Janeiro em 1998, seu adversário Cesar Maia (hoje no PFL) utilizou o conteúdo de uma dessas fitas, acusando o pessebista de ter comprado uma rádio e sem declará-la ao Fisco.
"A fita foi editada, porque falava da FM 'O Dia', e a proposta foi feita pelo dono da emissora, Ari de Carvalho. O próprio Ari disse publicamente que a proposta era em nome dele e da FM 'O Dia'. Não tenho medo de investigações", afirmou.
Freire teria relatado à revista que seu rompimento com Garotinho foi motivado por um pedido por parte do ex-governador para que ele intermediasse a compra de uma emissora da cidade de Campos. O pedido teria sido negado.
Contas do Rio
O presidenciável se defendeu também das acusações de que teria deixado "um rombo" nas contas do Estado, feitas pela governadora do Rio de Janeiro, Benedita da Silva (PT), que o subsituiu no cargo em abril deste ano. Ele criticou o PT e o PSDB e disse que as acusações são políticas.
"Eu lamento que o PT tenha escolhido uma equipe tão fraca para administrar o Rio de Janeiro. Infelizmente é um jogo político. É uma jogada política para descaracterizar a administração Garotinho", afirmou.
Questionado sobre a provação com 12 ressalvas pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) das contas de seu governo, Garotinho disse o número de ressalvas foi o "menor de todos os tempos". Segundo ele, o comum é ocorrerem de 35 a 40 ressalvas.
Garotinho disse que irá processar a governadora pelas acusações e alfinetou o PSDB. "Deixei o governo do Estado com o salário em dia, ao contrário do governador Marcello Alencar, do PSDB, partido do Fernando Henrique Cardoso, que deixou o salário em atraso", afirmou.
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