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27/05/2002 - 13h35

Maioria não tem conhecimento do caso Vale, diz pesquisa

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RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília

De acordo com a pesquisa CNT/Sensus, divulgada hoje em Brasília, 64,3% dos entrevistados não têm conhecimento sobre as acusações de cobrança de propina no processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce pelo ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio e do suposto favorecimento de empresários pelo banco.

Segundo a pesquisa divulgada hoje, apenas 31,3% das pessoas entrevistas já ouviram falar no caso Vale. A pesquisa ouviu 2.000 eleitores entre os dias 19 e 23 em 24 Estados do país.

Há três semanas foi publicada uma reportagem pela revista "Veja" que acusava Ricardo Sérgio de ter cobrado propina durante o processo de privatização da Vale para ajudar na formação do consórcio que arrematou a empresa. O ex-diretor do Banco do Brasil foi caixa da campanha do atual presidenciável do PSDB, José Serra, ao Senado, em 1994.

Na semana seguinte, uma reportagem da Folha divulgou que o empresário Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, teria sido beneficiado pelo Banco do Brasil em uma operação que renegociou suas dívidas com a instituição.

Entre os que têm conhecimento do caso, 64,6% afirmaram que as acusações prejudicam a candidatura de José Serra, enquanto 26,2% dos entrevistados consideram que o tucano não é atingido.

Também foi feito um questionamento sobre a eventual "culpa de Ricardo Sérgio" nas acusações. Entre os que têm conhecimento do caso, 60,6% afirmaram que acreditam que o ex-diretor seja culpado, enquanto 17,3% o inocentaram.

A pesquisa CNT/Sensus perguntou se as pessoas têm conhecimento de um suposto esquema de escuta ilegal em telefones de políticos e empresários no país. De acordo com o instituto, 37,9% têm conhecimento e 56,9% nunca ouviram falar sobre a possibilidade de grampos.

Entre os que têm conhecimento, 23,5% afirmaram que a escuta teria sido feita por órgãos do governo e 20,7% acreditam que os responsáveis pelas escutas ilegais são ex-agentes e grupos clandestinos.

Outros 37,7% dos entrevistados afirmaram que ambos são responsáveis pelos grampos.

 
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