"PT é maior que Mercadante", diz peemedebista

A defesa do senador Aloizio Mercadante (PT-SP) para que Renan Calheiros (PMDB-AL) se afaste da presidência do Senado, após o petista se abster no processo de cassação, colocou um ponto final no clima de cordialidade entre os dois, que trocaram farpas ontem.

O clima esquentou com a atitude de Mercadante de abandonar anteontem a sessão do plenário sem votar, o que ajudou a oposição a impedir, por mais um dia, formação de quórum e impor nova derrota a Renan. A bancada do PMDB se reuniu até as 23h de anteontem e pensou em fazer nota de repúdio ao petista, mas mudou de idéia ao saber que o Planalto não aprovou a atitude dele.

"Tem pessoas que não são acostumadas a viver essas tensões", afirmou Renan, para quem "o PT é maior do que Mercadante", disse.

Para renanzistas, Mercadante ajudou Renan a escapar da cassação para se cacifar à presidência do Senado em 2008. Há um acordo com deputados do PMDB para que o PT assuma a Casa no biênio 2008/2009 e o PMDB, a Câmara.

"Não está no meu horizonte a presidência do Senado", disse Mercadante. O senador acusou Renan de "apostar confusão" para se manter no cargo ao não aceitar acordos para desobstruir a pauta do plenário. "A minha solicitação [para que Renan saia da presidência] expressa sentimento majoritário da bancada do PT", afirma.

Ele disse que não registrou presença na sessão porque estava evidente que não haveria quórum para votar a indicação de Luiz Antonio Pagot para o Departamento Nacional de Infra-Estrutura em Transporte.

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