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30/05/2002 - 07h00

Ciro diz na TV que aborto não é assunto do Estado

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da Folha de S.Paulo

O pré-candidato do PPS à Presidência da República, Ciro Gomes, afirmou ontem que o usuário de drogas não deve ser considerado um criminoso e que, apesar de ser pessoalmente contrário ao aborto, acredita que o assunto tem de ser discutido em âmbito familiar e não pelo Estado.

"O aborto é uma tragédia humana. É morte. Quem pode ser a favor disso? Mas acho que esse é um assunto da mulher, da família e não da política, do governo e, muito menos, da polícia", disse Ciro, em entrevista ao programa "Gordo a Go-Go", da MTV.

Hoje, no Brasil, o aborto é considerado crime. A prática é permitida apenas em casos de estupro ou de risco de vida para a gestante.

Dirigindo-se a um público jovem, o pré-candidato, que já havia se recusado a se manifestar sobre temas polêmicos em outras ocasiões, disse ainda ser contrário à legalização das drogas.

"O usuário, para mim, não comete crime nenhum, mas não devemos legalizar as drogas. Maconha é ilegal, cocaína é ilegal, crack é ilegal. Mas usar crack não é crime, é doença, e a ser tratada com carinho, hospital e assistência médica", declarou. "Mas, quando a pessoa entra nisso [no consumo], está financiando todo o sistema."

O presidenciável, que estreou ontem um ciclo de entrevistas com pré-candidatos ao Planalto no programa comandado pelo apresentador João Gordo, defendeu ainda a união civil de pessoas de mesmo sexo.

No programa, com exibição prevista para o próximo dia 10, às 23h, Ciro afirmou também que somente aceitará doações de recursos de empresas nacionais e repetiu que sua campanha está orçada em R$ 15 milhões.

Voltou ainda a criticar seu adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de intenção de voto, dizendo que o petista está caminhando "da esquerda para a direita".

Outro alvo de críticas foi o presidente Fernando Henrique Cardoso, a quem Ciro se referiu como "limpo", conjugando o verbo no passado.

Qualificando-se como um pré-candidato de centro-esquerda, declarou também que o PFL, partido com o qual negocia uma série de alianças regionais, é "em parte" de direita e "em parte" de centro. "Você só negocia com o [seu] oposto. Amigo vai com você."

Veja também o especial Eleições 2002
 

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