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12/06/2002
-
10h55
IGOR GIELOW
Coordenador da Agência Folha
O Comando da Aeronáutica convocou para hoje uma reunião para cotejar as propostas de compensação industrial e comercial apresentadas pelos consórcios que participam da concorrência para a venda de 12 novos caças à FAB (Força Aérea Brasileira).
O motivo do encontro é deixar claras as intenções dos consórcios no chamado "offset", as compensações que o Brasil levará em troca da compra dos aviões. Segundo o edital da concorrência, a FAB não espera retorno inferior aos US$ 700 milhões que pretende gastar inicialmente.
Segundo apurou a Agência Folha, contraria os militares a profusão de contra-informação dos últimos dias, com declarações imprecisas e trocas de acusações entre os consórcios. A decisão, que deveria ser tomada nesta semana pelo Conselho de Defesa Nacional, pode ser adiada.
Foram chamados os representantes da Rosoboronexport/Avibrás (que oferece o russo Sukhoi Su-35), Dassault/Embraer (o francês Mirage 2000BR), Lockheed Martin (F-16, EUA), Saab/ BAe (o sueco-britânico Gripen) e RAC/MiG (o russo MiG-29).
De concreto, a Copac (Comissão de Planejamento de Aeronaves de Combate) sabe que os russos da Sukhoi oferecem seus aviões e mísseis de forma a se tornar independente do fornecedor, com total abertura de software.
Além disso, a diplomacia russa oferece tecnologia para lançadores de satélite e a abertura de seu mercado consumidor de carne.
Já os franceses oferecem a transferência e vendem a idéia de que o Mirage será feito no Brasil.
Esse ponto gerou uma troca pública de acusações. O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que a Avibrás não tem experiência no ramo de aviões. Em nota, a Avibrás acusou a Embraer de má-fé e manipulação de informação, já que o edital da FAB não diz respeito à fabricação de aviões.
A Lockheed Martin diz estar pronta a oferecer as compensações industriais, mas sua proposta não convenceu a FAB, além de não haver a certeza de que os EUA liberarão mísseis mais avançados.
Já a Saab/BAe anunciou um memorando de entendimento com o setor de manutenção da Varig, o que não estava na proposta original. A RAC/MiG será questionada sobre sua oferta de "offset", uma vez que os esforços da diplomacia russa se concentram no Su-35.
No relatório estritamente militar da FAB, Gripen e MiG-29 estão praticamente descartados, e o Su-35 leva vantagem.
Aeronáutica compara hoje propostas de edital
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Coordenador da Agência Folha
O Comando da Aeronáutica convocou para hoje uma reunião para cotejar as propostas de compensação industrial e comercial apresentadas pelos consórcios que participam da concorrência para a venda de 12 novos caças à FAB (Força Aérea Brasileira).
O motivo do encontro é deixar claras as intenções dos consórcios no chamado "offset", as compensações que o Brasil levará em troca da compra dos aviões. Segundo o edital da concorrência, a FAB não espera retorno inferior aos US$ 700 milhões que pretende gastar inicialmente.
Segundo apurou a Agência Folha, contraria os militares a profusão de contra-informação dos últimos dias, com declarações imprecisas e trocas de acusações entre os consórcios. A decisão, que deveria ser tomada nesta semana pelo Conselho de Defesa Nacional, pode ser adiada.
Foram chamados os representantes da Rosoboronexport/Avibrás (que oferece o russo Sukhoi Su-35), Dassault/Embraer (o francês Mirage 2000BR), Lockheed Martin (F-16, EUA), Saab/ BAe (o sueco-britânico Gripen) e RAC/MiG (o russo MiG-29).
De concreto, a Copac (Comissão de Planejamento de Aeronaves de Combate) sabe que os russos da Sukhoi oferecem seus aviões e mísseis de forma a se tornar independente do fornecedor, com total abertura de software.
Além disso, a diplomacia russa oferece tecnologia para lançadores de satélite e a abertura de seu mercado consumidor de carne.
Já os franceses oferecem a transferência e vendem a idéia de que o Mirage será feito no Brasil.
Esse ponto gerou uma troca pública de acusações. O presidente da Embraer, Maurício Botelho, disse que a Avibrás não tem experiência no ramo de aviões. Em nota, a Avibrás acusou a Embraer de má-fé e manipulação de informação, já que o edital da FAB não diz respeito à fabricação de aviões.
A Lockheed Martin diz estar pronta a oferecer as compensações industriais, mas sua proposta não convenceu a FAB, além de não haver a certeza de que os EUA liberarão mísseis mais avançados.
Já a Saab/BAe anunciou um memorando de entendimento com o setor de manutenção da Varig, o que não estava na proposta original. A RAC/MiG será questionada sobre sua oferta de "offset", uma vez que os esforços da diplomacia russa se concentram no Su-35.
No relatório estritamente militar da FAB, Gripen e MiG-29 estão praticamente descartados, e o Su-35 leva vantagem.
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