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13/06/2002
-
08h36
ELIANE CANTANHÊDE
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente nacional do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), ironizou ontem a avaliação feita pelo pré-candidato tucano ao Planalto, José Serra, durante jantar com empresários em São Paulo de que teria 70% dos votos pefelistas.
"O PFL tem 3,5 milhões de filiados. Eu teria de ter poderes mediúnicos para medir o percentual, hoje, de apoio ao Serra ou ao Ciro [Gomes, candidato do PPS], mas eu não tenho", disse Bornhausen, que anteontem jantou com Ciro em Brasília.
Segundo o senador, Serra se baseou nos grandes Estados para fazer a avaliação, mas isso foi um erro: "O PFL do Maranhão tem mais votos do que o de São Paulo, e o da Bahia tem mais votos do que o do Rio de Janeiro".
O Maranhão é o Estado dos Sarney, que tendem a apoiar Ciro, e a Bahia é o do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, que já fechou publicamente com o candidato do PPS. Eles não apóiam Serra de jeito nenhum.
No jantar com Bornhausen, outros líderes do PFL e da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), Ciro Gomes avalizou pessoalmente o apoio da frente à candidatura do deputado pefelista Roberto Brant ao governo de Minas. O aval tem o objetivo de neutralizar a rejeição pública do senador Roberto Freire (PPS-PE) a uma aliança com o partido e atrair outras bancadas estaduais do PFL para Ciro.
Brant e o governador Amazonino Mendes (AM) foram destacados como representantes do PFL para trabalhar diretamente na campanha de Ciro. Mais um sinal da aliança branca entre setores do partido e a campanha trabalhista.
Bornhausen e o senador José Agripino Maia (PFL-RN), que é pró-Ciro e participou do encontro, disse que as seções pefelistas da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, do Amazonas e de Mato Grosso já estão fechadas com Ciro.
Tanto o PPS quanto o PFL acrescentam que a adesão de Minas pode puxar outros Estados, principalmente Santa Catarina, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Outros com tendência pró-Serra são Sergipe, Alagoas e Ceará.
Serra já tem o apoio fechado do PFL do Rio, pode ter o de São Paulo e tende a ter o do Paraná, do Distrito Federal, de Goiás e do Tocantins. O de Pernambuco já está praticamente fechado. Ontem, Serra almoçou com o vice-presidente Marco Maciel, que é do PFL, e com a bancada do Estado.
Em contrapartida, Bornhausen também já se reuniu ontem com Brant e com a bancada mineira, discutindo detalhes da união com Ciro e a Frente Trabalhista, que deve se estender pela eleição proporcional (para deputados).
O acordo mineiro foi selado dois dias antes do programa de 20 minutos do PDT na televisão, que vai ao ar hoje à noite. O líder pedetista Leonel Brizola usará o tempo para fazer campanha para Ciro.
Bornhausen ironiza Serra e diz não ser "médium"
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da Folha de S.Paulo, em Brasília
O presidente nacional do PFL, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), ironizou ontem a avaliação feita pelo pré-candidato tucano ao Planalto, José Serra, durante jantar com empresários em São Paulo de que teria 70% dos votos pefelistas.
"O PFL tem 3,5 milhões de filiados. Eu teria de ter poderes mediúnicos para medir o percentual, hoje, de apoio ao Serra ou ao Ciro [Gomes, candidato do PPS], mas eu não tenho", disse Bornhausen, que anteontem jantou com Ciro em Brasília.
Segundo o senador, Serra se baseou nos grandes Estados para fazer a avaliação, mas isso foi um erro: "O PFL do Maranhão tem mais votos do que o de São Paulo, e o da Bahia tem mais votos do que o do Rio de Janeiro".
O Maranhão é o Estado dos Sarney, que tendem a apoiar Ciro, e a Bahia é o do ex-senador Antonio Carlos Magalhães, que já fechou publicamente com o candidato do PPS. Eles não apóiam Serra de jeito nenhum.
No jantar com Bornhausen, outros líderes do PFL e da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), Ciro Gomes avalizou pessoalmente o apoio da frente à candidatura do deputado pefelista Roberto Brant ao governo de Minas. O aval tem o objetivo de neutralizar a rejeição pública do senador Roberto Freire (PPS-PE) a uma aliança com o partido e atrair outras bancadas estaduais do PFL para Ciro.
Brant e o governador Amazonino Mendes (AM) foram destacados como representantes do PFL para trabalhar diretamente na campanha de Ciro. Mais um sinal da aliança branca entre setores do partido e a campanha trabalhista.
Bornhausen e o senador José Agripino Maia (PFL-RN), que é pró-Ciro e participou do encontro, disse que as seções pefelistas da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Rio Grande do Sul, do Amazonas e de Mato Grosso já estão fechadas com Ciro.
Tanto o PPS quanto o PFL acrescentam que a adesão de Minas pode puxar outros Estados, principalmente Santa Catarina, Maranhão e Mato Grosso do Sul. Outros com tendência pró-Serra são Sergipe, Alagoas e Ceará.
Serra já tem o apoio fechado do PFL do Rio, pode ter o de São Paulo e tende a ter o do Paraná, do Distrito Federal, de Goiás e do Tocantins. O de Pernambuco já está praticamente fechado. Ontem, Serra almoçou com o vice-presidente Marco Maciel, que é do PFL, e com a bancada do Estado.
Em contrapartida, Bornhausen também já se reuniu ontem com Brant e com a bancada mineira, discutindo detalhes da união com Ciro e a Frente Trabalhista, que deve se estender pela eleição proporcional (para deputados).
O acordo mineiro foi selado dois dias antes do programa de 20 minutos do PDT na televisão, que vai ao ar hoje à noite. O líder pedetista Leonel Brizola usará o tempo para fazer campanha para Ciro.
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