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18/06/2002
-
09h54
MARCIO AITH
da Folha de S.Paulo
Faltando menos de quatro meses para o primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras, a Casa Branca (sede do governo americano) decidiu despachar para Brasília o secretário-adjunto de Estado dos EUA para a América Latina, Otto Juan Reich.
Durante a visita, que deverá ocorrer na primeira quinzena de julho, Reich pretende obter informações sobre o processo eleitoral brasileiro e demonstrar que o Brasil é peça prioritária da política dos EUA para o hemisfério.
Reich poderá ainda estender a viagem a outros países da região, entre eles a Argentina, país envolto numa das piores crises de sua história, e o Uruguai, que busca apoio dos EUA para fugir das turbulências econômicas da região.
O secretário-adjunto é a principal autoridade dos EUA para a América Latina e um dos personagens mais controversos da administração George W. Bush.
Segundo um funcionário do governo norte-americano, Reich está ansioso para desfazer a impressão, cada vez mais cristalizada na comunidade diplomática latino-americana, de que sua agenda pessoal restringe-se a minar a liderança de Fidel Castro em Cuba - país onde Reich nasceu- e a de Hugo Chávez, na Venezuela, onde foi embaixador.
A agenda de Reich no Brasil ainda não está pronta. Funcionários do Departamento de Estado estudam a conveniência de encontros do secretário-adjunto com os candidatos à Presidência.
Reich foi nomeado para o cargo em 2001 por meio de brecha da legislação americana que viabiliza nomeações mesmo sem as necessárias audiências do Congresso.
Bush precisou usar esse artifício porque a oposição democrata recusou-se a sabatiná-lo.
O motivo, segundo os democratas, foi o fato de Reich ter se envolvido em "atividades impróprias" quando coordenou campanhas de propaganda na América Central, na década de 80, e participou indiretamente do escândalo "Irã-Contras" -venda de armas para o Irã com o objetivo de financiar os "contras" da Nicarágua.
Em sua primeira aparição pública, durante reunião organizada em janeiro pelo CSIS (Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais), Reich defendeu que a raiz dos problemas econômicos da América Latina é a corrupção de seus governantes e não a falta de ajuda externa.
Em abril, o secretário-adjunto foi acusado de estimular o golpe frustrado contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Veja também o especial Eleições 2002
Secretário de Bush busca dados da eleição
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da Folha de S.Paulo
Faltando menos de quatro meses para o primeiro turno das eleições presidenciais brasileiras, a Casa Branca (sede do governo americano) decidiu despachar para Brasília o secretário-adjunto de Estado dos EUA para a América Latina, Otto Juan Reich.
Durante a visita, que deverá ocorrer na primeira quinzena de julho, Reich pretende obter informações sobre o processo eleitoral brasileiro e demonstrar que o Brasil é peça prioritária da política dos EUA para o hemisfério.
Reich poderá ainda estender a viagem a outros países da região, entre eles a Argentina, país envolto numa das piores crises de sua história, e o Uruguai, que busca apoio dos EUA para fugir das turbulências econômicas da região.
O secretário-adjunto é a principal autoridade dos EUA para a América Latina e um dos personagens mais controversos da administração George W. Bush.
Segundo um funcionário do governo norte-americano, Reich está ansioso para desfazer a impressão, cada vez mais cristalizada na comunidade diplomática latino-americana, de que sua agenda pessoal restringe-se a minar a liderança de Fidel Castro em Cuba - país onde Reich nasceu- e a de Hugo Chávez, na Venezuela, onde foi embaixador.
A agenda de Reich no Brasil ainda não está pronta. Funcionários do Departamento de Estado estudam a conveniência de encontros do secretário-adjunto com os candidatos à Presidência.
Reich foi nomeado para o cargo em 2001 por meio de brecha da legislação americana que viabiliza nomeações mesmo sem as necessárias audiências do Congresso.
Bush precisou usar esse artifício porque a oposição democrata recusou-se a sabatiná-lo.
O motivo, segundo os democratas, foi o fato de Reich ter se envolvido em "atividades impróprias" quando coordenou campanhas de propaganda na América Central, na década de 80, e participou indiretamente do escândalo "Irã-Contras" -venda de armas para o Irã com o objetivo de financiar os "contras" da Nicarágua.
Em sua primeira aparição pública, durante reunião organizada em janeiro pelo CSIS (Centro para Estudos Estratégicos e Internacionais), Reich defendeu que a raiz dos problemas econômicos da América Latina é a corrupção de seus governantes e não a falta de ajuda externa.
Em abril, o secretário-adjunto foi acusado de estimular o golpe frustrado contra o presidente venezuelano, Hugo Chávez.
Veja também o especial Eleições 2002
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