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20/06/2002
-
08h42
CLÁUDIA DIANNI
da Folha de S.Paulo
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete ser "mais impetuoso" que o atual governo nas negociações externas e quer ser o presidente que fará mais acordos internacionais.
"Quero entrar para a história do país como o presidente que mais fez acordos importantes para o Brasil", disse ontem a deputados na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara, que está promovendo debates com os candidatos, separadamente.
Segundo Lula, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi "um agente inibidor" da política externa brasileira. Para o candidato petista, a opção pela diplomacia presidencial de FHC relegou o Ministério das Relações Exteriores a funções burocráticas e a uma casa cumpridora de ordens políticas.
"De fato, nunca tivemos um presidente que viajou tanto, mas isso não resultou em ganhos comerciais para o Brasil, mas para FHC fazer amigos pessoais."
Lula foi duro nas críticas à área comercial, mas elogiou a atuação de FHC na Venezuela, quando houve tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez. "A posição do presidente foi boa e corajosa, no tom certo", avaliou.
O petista prometeu valorizar as Forças Armadas e criticou o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, sem citar seu nome. "O cargo de ministro da Defesa foi sendo diminuído. Para mim, tem de ser ocupado por alguém que, em termos de competência e ética, esteja acima da média nacional."
Lula afirmou que não é contra o livre comércio nem contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Mas disse que só negociará o acordo com os EUA depois de feita a reforma tributária.
O candidato prometeu honrar os contratos assinados até 31 de dezembro, mas disse que, se até o fim deste governo não for finalizado o acordo com os EUA para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de satélites, os termos do contrato serão modificados.
O Mercosul, segundo Lula, vai receber atenção especial e um eventual governo petista pretende estimular a criação de instituições no bloco, principalmente de um Parlamento do Mercosul. "A classe política na América Latina é muito ruim e um parlamento latino-americano contribuiria para elevar o nível", disse.
Lula voltou a criticar o que chama de terrorismo eleitoral. "O presidente não pode permitir que seus ministros digam que, se determinado candidato ganhar, vale e que, se outro ganhar, não vale".
Segundo Lula, se a equipe do presidente "continuar a brincar com a economia" o país poderá perder. "Até o dia 31 de dezembro eles assinam os cheques, e o argumento da vulnerabilidade externa pode ser um prejuízo enorme para todo mundo antes de outubro", afirmou o candidato.
FHC foi "agente inibidor" da política externa, afirma Lula
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da Folha de S.Paulo
O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promete ser "mais impetuoso" que o atual governo nas negociações externas e quer ser o presidente que fará mais acordos internacionais.
"Quero entrar para a história do país como o presidente que mais fez acordos importantes para o Brasil", disse ontem a deputados na Comissão de Relações Exteriores e Defesa da Câmara, que está promovendo debates com os candidatos, separadamente.
Segundo Lula, o presidente Fernando Henrique Cardoso foi "um agente inibidor" da política externa brasileira. Para o candidato petista, a opção pela diplomacia presidencial de FHC relegou o Ministério das Relações Exteriores a funções burocráticas e a uma casa cumpridora de ordens políticas.
"De fato, nunca tivemos um presidente que viajou tanto, mas isso não resultou em ganhos comerciais para o Brasil, mas para FHC fazer amigos pessoais."
Lula foi duro nas críticas à área comercial, mas elogiou a atuação de FHC na Venezuela, quando houve tentativa de golpe contra o presidente Hugo Chávez. "A posição do presidente foi boa e corajosa, no tom certo", avaliou.
O petista prometeu valorizar as Forças Armadas e criticou o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, sem citar seu nome. "O cargo de ministro da Defesa foi sendo diminuído. Para mim, tem de ser ocupado por alguém que, em termos de competência e ética, esteja acima da média nacional."
Lula afirmou que não é contra o livre comércio nem contra a Alca (Área de Livre Comércio das Américas). Mas disse que só negociará o acordo com os EUA depois de feita a reforma tributária.
O candidato prometeu honrar os contratos assinados até 31 de dezembro, mas disse que, se até o fim deste governo não for finalizado o acordo com os EUA para a utilização da Base de Alcântara, no Maranhão, para o lançamento de satélites, os termos do contrato serão modificados.
O Mercosul, segundo Lula, vai receber atenção especial e um eventual governo petista pretende estimular a criação de instituições no bloco, principalmente de um Parlamento do Mercosul. "A classe política na América Latina é muito ruim e um parlamento latino-americano contribuiria para elevar o nível", disse.
Lula voltou a criticar o que chama de terrorismo eleitoral. "O presidente não pode permitir que seus ministros digam que, se determinado candidato ganhar, vale e que, se outro ganhar, não vale".
Segundo Lula, se a equipe do presidente "continuar a brincar com a economia" o país poderá perder. "Até o dia 31 de dezembro eles assinam os cheques, e o argumento da vulnerabilidade externa pode ser um prejuízo enorme para todo mundo antes de outubro", afirmou o candidato.
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