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20/06/2002 - 09h01

José Serra tira palanque pefelista de Ciro em MG

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da Folha de S.Paulo

O candidato tucano à Presidência, José Serra, tomou o palanque do PFL de Minas das mãos de Ciro Gomes (PPS). O deputado Roberto Brant (PFL) foi forçado a desistir da candidatura ao governo de Minas, que teria o apoio da Frente Trabalhista.

Prevaleceu o assédio do PSDB sobre os pefelistas. O partido vai apoiar a candidatura do presidente da Câmara, o tucano Aécio Neves, ao Palácio da Liberdade, com direito de indicar o nome do vice na chapa e uma das vagas para o Senado. Os nomes mais cotados para ser vice são os do presidente do PFL mineiro, Clésio Andrade, e o do deputado Carlos Melles.

Brant decidiu abandonar a disputa após constatar que não teria apoio da maioria dos deputados estaduais e prefeitos do seu partido. Convocados pelo presidente nacional do partido, senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), a decidir o assunto em Brasília, eles manifestaram a preferência pela coligação com o PSDB.

"O partido está muito dividido. Se eu ganhasse [o direito de disputar" ou perdesse, seria por uma margem ínfima. Não valia a pena insistir. Isso enfraqueceria a candidatura. Uma candidatura de luta, como seria a minha, teria de ser abraçada por todos", disse.

Ele foi aconselhado a desistir da disputa pelo próprio Bornhausen, que havia articulado o lançamento de candidatura própria a governador em Minas, como forma de dar palanque a Ciro no segundo maior colégio eleitoral do país.

Após quatro horas e meia de discussão com deputados estaduais e federais e prefeitos, Brant pediu que a reunião fosse interrompida até as 19h e foi à casa de Bornhausen, acompanhado de Melles.

Ao saber que o PFL mineiro (17 votos) estava dividido entre lançar Brant e apoiar Aécio, Bornhausen reconheceu que seria difícil levar adiante tal idéia.

"Os prefeitos do PFL não tiveram acesso ao governo de Minas nos últimos anos. Apoiar Aécio seria melhor desta vez, porque nós teríamos participação no governo", disse o prefeito de União de Minas, Roque Dias Ribeiro.

Mesmo sem direito a voto, cerca de 15 dirigentes municipais foram a Brasília defender a aliança local com o PSDB. Ao chegarem à reunião, a tendência já era pelo apoio ao tucano. Afinal, dos sete deputados estaduais pefelistas, seis estavam fechados com a candidatura de Aécio Neves.

"Em Minas, somos oposição há 20 anos. É hora de termos poder no Estado. O nome hoje é Aécio Neves", disse o deputado estadual Alberto Bejani.

Segundo ele, a candidatura de Brant foi articulada "de cima para baixo". A avaliação de prefeitos é que o deputado pefelista não teria chance de vitória disputando contra Aécio -que agora conta com o apoio de Itamar Franco- e Newton Cardoso (PMDB).

Desde o início, a idéia da candidatura própria encontrou resistência de Clésio Andrade. Na terça-feira passada, sete dos oito deputados federais do PFL mineiro pediram intervenção da Executiva no diretório estadual, acusando Clésio de manipulador. Por isso, foi feita uma espécie de "intervenção branca" e Bornhausen convocou os mineiros para decidirem em Brasília.

Ciro tentou manter seu palanque em Minas até o fim. Os pefelistas de Minas chegaram a ser procurados pelos deputados Walfrido Mares Guia (PTB-MG) e José Carlos Martinez (PTB-PR)- , reiterando o compromisso de manter a coligação nas eleições dos deputados (proporcionais) também.


 

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