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21/06/2002 - 08h17

PL diz que vai participar do caixa de campanha do PT

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LUCIO VAZ
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A direção nacional do PL anunciou ter acertado com a cúpula do PT uma participação do partido no caixa de campanha petista. Os candidatos liberais teriam direito a parte do dinheiro arrecadado na campanha do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva, na proporção da sua bancada na Câmara.

A acordo foi fechado pelo presidente nacional do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP), com a cúpula do PT nas reuniões que resultaram no acordo entre os dois partidos e na indicação do senador José Alencar (PL-MG) para o cargo de vice na chapa de Lula. A aliança depende de confirmação na convenção do PL no domingo.

Segundo o acordo, será formado um caixa único de campanha. Deputados do PL tentaram, nas semanas que antecederam ao acordo, conseguir uma ajuda financeira do senador Alencar para as suas campanhas, para compensar as perdas pelas coligações desfeitas nos Estados.

Dono da indústria de tecidos Coteminas, o senador financiou a própria campanha em 1998, gastando R$ 3,9 milhões do próprio bolso, um recorde na Casa. Costa Neto diz que nenhum deputado conseguiu ajuda do senador. "Ele tem uma jararaca no bolso", brincou o presidente do PL, querendo dizer que ninguém consegue colocar a mão do bolso do senador.

Na última reunião com a cúpula petista, Costa Neto avisou que o PL deve se coligar com o PPB de Paulo Maluf em São Paulo. Assim, o PL apoiará Lula na eleição presidencial e Maluf na eleição para o governo do Estado. "Se não tiver outro jeito..." Essa teria sido a resposta do presidente do PT, deputado José Dirceu (SP), ao ser informado do acordo com Maluf. Costa Neto acha que parte dos votos de Maluf acabará indo para Lula, já que o PPB não tem candidato a presidente da República.

"Vou colocar o Maluf e o Lula nos meus santinhos. Para o eleitor, os dois são oposição ao governo federal. Isso pode trazer mais votos para o PT. O Maluf tem 30% dos votos de São Paulo", afirma o presidente nacional do PL.

O PL calcula que poderá eleger sete deputados federais na coligação com Maluf, porque o PPB não tem candidatos fortes para a Câmara, apesar da expressiva votação esperada por Maluf. Já numa coligação com o PT, que tem candidatos "bons de voto", o PL elegeria no máximo três deputados.

Fechada a chapa Lula-Alencar, as direções do PL e do PT tentarão reduzir ao máximo os conflitos regionais entre os dois partidos até o dia da convenção do PL. Ontem, ele passou para o PT um mapa com a situação nos Estados. Em 13 deles está difícil fechar um acordo entre as duas legendas.
 

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