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29/06/2002 - 12h09

Convenção do PSDB vai definir candidatura em São Paulo

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da Folha Online
da Folha de S. Paulo

Começou há pouco a convenção estadual do PSDB, na Assembléia Legislativa de São Paulo, para oficializar o nome do governador Geraldo Alckmin, 49, como candidato à reeleição ao governo do Estado.

Também participa da convenção o candidato do partido à Presidência da República, senador José Serra.

Na última hora, Alckmin convidou o presidente estadual do PFL, Cláudio Lembo, para o cargo de vice na chapa formada pelos dois partidos. O convite foi feito na noite de ontem, no Palácio dos Bandeirantes. Lembo estava acompanha do deputado federal Gilberto Kassab.

Os tucanos tentavam encontrar uma solução que conciliasse as alas do partido e as aspirações dos aliados. A dificuldade de encontrar um consenso empurrou a escolha do vice para a última hora: hoje é o penúltimo dia permitido pela legislação para a realização de convenções que definem os candidatos.

O nome de Alckmin, de Lembo e a chapa coligada de deputados federais e estaduais têm de ser homologados por cerca de 800 delegados tucanos. Também ocorrerá no local a convenção do PFL.

O PSDB enfrentou um dilema: o governador preferia manter o cargo de vice com um tucano, como fizera em 1994 e 1998 o governador Mário Covas, morto em março de 2001. Mas o PFL pressionou e condicionou o seu apoio a Alckmin à indicação de vice.

Em janeiro, 66 ONGs de direitos humanos assinaram um documento contrário à indicação de Lembo para a Secretária de Justiça do Estado. Em razão das negociações para as eleições entre os dois partidos, ele era um dos cotados.

O argumento dos ativistas era o passado de Lembo, que foi presidente regional da Arena (partido que apoiava o regime militar) e ocupou secretarias nos governos de Paulo Maluf e Jânio Quadros. Inicialmente, pefelistas e tucanos concordaram que numa chapa conjunta uma das vagas ao Senado seria do senador Romeu Tuma (PFL). A outra seria do presidente nacional do PSDB, José Aníbal.

Mas o PFL percebeu que podia exigir o cargo quando se viu na condição de único aliado oficial do partido. A verticalização das alianças embaralhou o cenário construído pelo PSDB para reeleger Alckmin, impossibilitando o apoio oficial do PTB e do PPS. Tucanos paulistas consideraram a medida uma "traição", uma vez que o presidenciável José Serra seria o maior beneficiado.

Alckmin insistiu em um tucano. Tinha preferência pelo presidente da Assembléia, Walter Feldman. As alianças em torno da reeleição de Alckmin começaram a ser desenhadas no ano passado. O presidente estadual do PSDB, Edson Aparecido, contava com o apoio praticamente fechado do PFL, do PTB e do PPS. Tal construção contou com a vinda de 83 novos prefeitos para o partido, desde a eleição de 2000. A idéia era fortalecer Alckmin em regiões em que os tucanos tiveram um desempenho baixo em 1998.

Com a verticalização, esfacelou-se o apoio formal do PPS e do PTB: os dois integram a Frente Trabalhista, que apóia Ciro Gomes à Presidência, o que inviabiliza o apoio oficial ao PSDB no Estado. O PSDB pode contar com o apoio informal do PTB e do PPS, mas os dois partidos ensaiam o lançamento de candidatura própria no Estado para dar um palanque a Ciro em São Paulo. Já o PFL está livre para apoiar os tucanos: não tem candidato à Presidência.
 

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