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Intervir em país vizinho está "fora de cogitação", diz Jobim
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JOHANNA NUBLAT
da Folha de S.Paulo, em Brasília
O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse ontem que está "fora de cogitação" a possibilidade de o Brasil intervir em países vizinhos, especificamente a Venezuela.
"É fora de cogitação qualquer tipo de situação desta natureza. Só pensar neste assunto já é equívoco absolutamente fundamental", disse, durante palestra em que falou do plano de reaparelhamento das Forças Armadas.
O ministro voltou a dizer que o plano de investimento em armas e equipamentos não tem relação com a compra de armamentos pela Venezuela: "Não nos preocupa a situação da Venezuela ou se ela está comprando armas, essa é uma decisão interna".
Jobim deixou claro o objetivo de defender o país de invasões. "O que é a defesa no sentido em que estamos discutindo? É a afirmação de que, se alguém entrar no espaço aéreo brasileiro ou em águas territoriais, vai se incomodar, vai ter problemas."
O plano estratégico de defesa, que deverá ser concluído até setembro de 2008, inclui a aproximação do Brasil com todos os países da América do Sul. Jobim já tem viagens programadas no próximo ano aos países vizinhos.
Uma das propostas para promover essa aproximação é oferecer vagas para que oficiais de países sul-americanos venham fazer cursos em escolas militares do país.
"O objetivo é trazer o máximo possível de oficiais militares da América do Sul. É assim que se faz política de integração como um país protagonista na região. Queremos duplicar o número de bolsas para oficiais de outros países, seja qual for", disse.
Sobre a pretensão do país em se destacar na região, Jobim disse que há muitas pessoas que "desejam que as coisas não dêem certo, porque só é notícia o que é desastre".
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