Publicidade
Publicidade
10/07/2002
-
08h39
da Folha de S.Paulo, em Brasília
A eventual decretação de intervenção federal no Estado do Espírito Santo causaria ao menos uma dificuldade imediata para o governo: a impossibilidade de votar emendas constitucionais.
A Constituição proíbe que o Congresso vote emendas enquanto um Estado estiver sob intervenção. Em maio, quando a OAB pediu abertura de processo para analisar possível intervenção no Espírito Santo, o Congresso analisava, por exemplo, a emenda que prorrogou a cobrança da CPMF.
O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana aprovou o pedido por unanimidade na última semana. O documento foi elaborado para justificar juridicamente o pedido de intervenção por violação sistemática dos direitos humanos e omissão de autoridades no combate ao crime organizado, jogo ilícito e narcotráfico.
Atua no Espírito Santo, segundo o Ministério Público, a entidade paramilitar Scuderie Detetive Le Cocq, da qual participariam autoridades do Legislativo, Executivo, polícia e juízes.
Fernando Henrique Cardoso conversou com Miguel Reale Júnior duas vezes antes da reunião que aprovou o relatório. Foi acertado que o motivo para a intervenção seria a violação de direitos humanos, o que prevê que o procurador-geral da República remeta o pedido ao Supremo, que efetivamente decide. A outra possibilidade seria basear a intervenção para que houvesse manutenção da ordem pública, o que exige uma decisão quase solitária do presidente.
Leia mais:
Novo ministro da Justiça assume cargo hoje
Decisão de Brindeiro é traição aos direitos humanos, diz comissão
Para Reale Jr., Brindeiro "engavetou" pedido de intervenção no ES
Diretor da PF e secretários ligados a Reale Jr. pedem demissão
Intervenção federal impede votação de emendas constitucionais
Publicidade
A eventual decretação de intervenção federal no Estado do Espírito Santo causaria ao menos uma dificuldade imediata para o governo: a impossibilidade de votar emendas constitucionais.
A Constituição proíbe que o Congresso vote emendas enquanto um Estado estiver sob intervenção. Em maio, quando a OAB pediu abertura de processo para analisar possível intervenção no Espírito Santo, o Congresso analisava, por exemplo, a emenda que prorrogou a cobrança da CPMF.
O Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana aprovou o pedido por unanimidade na última semana. O documento foi elaborado para justificar juridicamente o pedido de intervenção por violação sistemática dos direitos humanos e omissão de autoridades no combate ao crime organizado, jogo ilícito e narcotráfico.
Atua no Espírito Santo, segundo o Ministério Público, a entidade paramilitar Scuderie Detetive Le Cocq, da qual participariam autoridades do Legislativo, Executivo, polícia e juízes.
Fernando Henrique Cardoso conversou com Miguel Reale Júnior duas vezes antes da reunião que aprovou o relatório. Foi acertado que o motivo para a intervenção seria a violação de direitos humanos, o que prevê que o procurador-geral da República remeta o pedido ao Supremo, que efetivamente decide. A outra possibilidade seria basear a intervenção para que houvesse manutenção da ordem pública, o que exige uma decisão quase solitária do presidente.
Leia mais:
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Nomeação de novo juiz do Supremo pode ter impacto sobre a Lava Jato
- Indicação de Alexandre de Moraes vai aprofundar racha dentro do PSDB
- Base no Senado exalta currículo de Moraes e elogia indicação
- Na USP, Moraes perdeu concursos e foi acusado de defender tortura
- Escolha de Moraes só possui semelhança com a de Nelson Jobim em 1997
+ Comentadas
- Manifestantes tentam impedir fala de Moro em palestra em Nova York
- Temer decide indicar Alexandre de Moraes para vaga de Teori no STF
+ EnviadasÍndice