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10/07/2002
-
15h49
da Folha Online
As investigações sobre a Scuderie Le Coq começaram no início da década de 90 pelo detetive da Polícia Civil do Espírito Santo Franscico Badenes.
Segundo Badenes, que sofre ameaças do grupo até hoje e faz parte do programa de proteção a testemunhas, mais de mil pessoas participam da Scuderie.
O grupo paramilitar conseguiu no ES se infiltrar em diversas instituições do governo estadual. A OAB-ES (Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo) afirma que a organização tem integrantes no Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, o que mina a capacidade de combate à violência.
Entre 1992 e 1994, foi formada uma comissão para investigar o crime organizado no Estado. O advogado Joaquim Marcelo Denadai, assassinado em 15 abril deste ano, era um dos integrantes da comissão, que acabou sendo dissolvida. Seus trabalhos, no entanto, foram encaminhados à CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).
Em 1995, o detetive Badenes enviou à Justiça Federal documentação sobre o grupo, para dar início ao processo de dissolução da Scuderie. Mas o juiz Ivan Athiê não deu sequência ao caso e hoje responde a processo por corrupção no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Durante a atuação do CDDPH, foi encaminhada recomendação à Justiça para dissolver a Scuderie Le Coq. A ação está desde 1996 na Justiça, e classifica o grupo como "instituição benemérita e filantrópica, sem fins lucrativos, com o objetivo de servir à comunidade", mas que atua como "esquadrão da morte".
Um relatório da OAB, apensado à ação, diz que fazem parte da organização "juízes, promotores, policiais, militares, fiscais do Estado, vereadores, um deputado e um magnata do jogo do bicho".
O mesmo relatório diz que a associação atua no "narcotráfico, no controle de jogos ilícitos e em homicídios", e que seus integrantes controlam instituições públicas para "garantir a impunidade dos responsáveis pela prática do crime".
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Saiba o que é o grupo paramilitar Scuderia Le Coq
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As investigações sobre a Scuderie Le Coq começaram no início da década de 90 pelo detetive da Polícia Civil do Espírito Santo Franscico Badenes.
Segundo Badenes, que sofre ameaças do grupo até hoje e faz parte do programa de proteção a testemunhas, mais de mil pessoas participam da Scuderie.
O grupo paramilitar conseguiu no ES se infiltrar em diversas instituições do governo estadual. A OAB-ES (Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo) afirma que a organização tem integrantes no Executivo, Legislativo, Judiciário e Ministério Público, o que mina a capacidade de combate à violência.
Entre 1992 e 1994, foi formada uma comissão para investigar o crime organizado no Estado. O advogado Joaquim Marcelo Denadai, assassinado em 15 abril deste ano, era um dos integrantes da comissão, que acabou sendo dissolvida. Seus trabalhos, no entanto, foram encaminhados à CDDPH (Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana).
Em 1995, o detetive Badenes enviou à Justiça Federal documentação sobre o grupo, para dar início ao processo de dissolução da Scuderie. Mas o juiz Ivan Athiê não deu sequência ao caso e hoje responde a processo por corrupção no STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Durante a atuação do CDDPH, foi encaminhada recomendação à Justiça para dissolver a Scuderie Le Coq. A ação está desde 1996 na Justiça, e classifica o grupo como "instituição benemérita e filantrópica, sem fins lucrativos, com o objetivo de servir à comunidade", mas que atua como "esquadrão da morte".
Um relatório da OAB, apensado à ação, diz que fazem parte da organização "juízes, promotores, policiais, militares, fiscais do Estado, vereadores, um deputado e um magnata do jogo do bicho".
O mesmo relatório diz que a associação atua no "narcotráfico, no controle de jogos ilícitos e em homicídios", e que seus integrantes controlam instituições públicas para "garantir a impunidade dos responsáveis pela prática do crime".
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