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15/07/2002
-
20h19
da Folha de S.Paulo
O Ministério Público Federal vai denunciar à Justiça o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), a ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e seu marido, Jorge Murad, por envolvimento no projeto Usimar, que recebeu R$ 44 milhões da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e não saiu do papel.
O Ministério Público concluiu que Jader recebeu R$ 8,8 milhões dos R$ 44 milhões liberados (20%). Em operação de busca e apreensão realizada numa casa de câmbio de Belém (PA), o Ministério Público recuperou quatro cheques da Sudam de R$ 550 mil cada. Esses cheques, segundo o lobista Amaury Santa Cruz, teriam sido entregues por ele a Jader.
Esses cheques se destinavam ao empresário Theodoro Hubner Filho, líder do projeto Usimar, mas foram endossados para Jader, que os teria trocado na casa de câmbio. Eles não foram depositados.
Jader, Roseana e Murad serão denunciados sob acusação de peculato, organização criminosa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Murad foi secretário de Planejamento do Maranhão e atualmente é gerente de Ciência e Tecnologia do Estado.
Em depoimento à PF, Amaury Santa Cruz afirma que Jader intermediou a liberação de recursos da Sudam para pelo menos três projetos: Dona Carolina, Imperador e Usimar. Até quarta-feira, um grupo de procuradores de Brasília, do Paraná e do Tocantins vai decidir se existem elementos suficientes para indiciar Murad.
Santa Cruz, que negociou a liberação de recursos para o projeto Usimar, afirmou que esteve algumas vezes no gabinete de Jader no Senado, fazendo contato com o assessor Antônio José. Esse funcionário seria o responsável pelo recebimento da propina.
O dinheiro liberado para o projeto Usimar teria sido enviado inicialmente para Curitiba, na conta da empresa Engeblon New Hubner. Depois, segundo apurou a Polícia Federal, foi remetido para casas de câmbio do Pará, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Os procuradores já identificaram que grande parte do dinheiro foi remetida para contas no exterior, mas uma parte pagou os serviços dos responsáveis pelas liberações. Entre eles estaria Jader. Um novo inquérito deve apurar o destino do dinheiro remetido para o exterior e seus beneficiários.
Chegou hoje a Palmas (TO) o subprocurador-geral da República José Roberto Santoro, que coordena as investigações das fraudes contra a Sudam. Santoro esteve à frente das investigações que resultaram na busca e apreensão no escritório da Lunus, empresa de Roseana e Murad.
Os procuradores não encontraram no escritório documentos que comprovem o interesse de Murad na aprovação do projeto Usimar. Ele recebia da Sudam cópias de documentos enviados aos responsáveis técnicos do projeto.
Leia mais:
Para assessoria de Jader, denúncia de Procuradoria é "armação"
Procuradoria vai denunciar Jader e Roseana em caso Sudam
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O Ministério Público Federal vai denunciar à Justiça o ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA), a ex-governadora Roseana Sarney (PFL-MA) e seu marido, Jorge Murad, por envolvimento no projeto Usimar, que recebeu R$ 44 milhões da Sudam (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e não saiu do papel.
O Ministério Público concluiu que Jader recebeu R$ 8,8 milhões dos R$ 44 milhões liberados (20%). Em operação de busca e apreensão realizada numa casa de câmbio de Belém (PA), o Ministério Público recuperou quatro cheques da Sudam de R$ 550 mil cada. Esses cheques, segundo o lobista Amaury Santa Cruz, teriam sido entregues por ele a Jader.
Esses cheques se destinavam ao empresário Theodoro Hubner Filho, líder do projeto Usimar, mas foram endossados para Jader, que os teria trocado na casa de câmbio. Eles não foram depositados.
Jader, Roseana e Murad serão denunciados sob acusação de peculato, organização criminosa, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Murad foi secretário de Planejamento do Maranhão e atualmente é gerente de Ciência e Tecnologia do Estado.
Em depoimento à PF, Amaury Santa Cruz afirma que Jader intermediou a liberação de recursos da Sudam para pelo menos três projetos: Dona Carolina, Imperador e Usimar. Até quarta-feira, um grupo de procuradores de Brasília, do Paraná e do Tocantins vai decidir se existem elementos suficientes para indiciar Murad.
Santa Cruz, que negociou a liberação de recursos para o projeto Usimar, afirmou que esteve algumas vezes no gabinete de Jader no Senado, fazendo contato com o assessor Antônio José. Esse funcionário seria o responsável pelo recebimento da propina.
O dinheiro liberado para o projeto Usimar teria sido enviado inicialmente para Curitiba, na conta da empresa Engeblon New Hubner. Depois, segundo apurou a Polícia Federal, foi remetido para casas de câmbio do Pará, do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Os procuradores já identificaram que grande parte do dinheiro foi remetida para contas no exterior, mas uma parte pagou os serviços dos responsáveis pelas liberações. Entre eles estaria Jader. Um novo inquérito deve apurar o destino do dinheiro remetido para o exterior e seus beneficiários.
Chegou hoje a Palmas (TO) o subprocurador-geral da República José Roberto Santoro, que coordena as investigações das fraudes contra a Sudam. Santoro esteve à frente das investigações que resultaram na busca e apreensão no escritório da Lunus, empresa de Roseana e Murad.
Os procuradores não encontraram no escritório documentos que comprovem o interesse de Murad na aprovação do projeto Usimar. Ele recebia da Sudam cópias de documentos enviados aos responsáveis técnicos do projeto.
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