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18/07/2002
-
17h01
da Folha Online
Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o diretório do PPS de Alagoas informou que "irá contestar na Justiça" a decisão do partido de impedir a coligação com o PRTB, do ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo no Estado.
Na nota, a intervenção do partido enviada ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é chamada de "monstrengo jurídico eivado de contradições e encaminhado fora dos prazos legais". Segundo o PPS de Alagoas, a forma de encaminhamento da questão foi "autoritária" e serviu para "encobrir o verdadeiro conteúdo político" que ela contém.
A nota nega que tenha apoiado a candidatura de Collor e justifica a coligação com o partido do ex-presidente. De acordo com o texto, o diretório teria "sido obrigado" a fazê-lo "para evitar a impugnação de suas candidaturas proporcionais" (a cargos legislativos).
Por fim, o diretório reafirma seu apoio a Ciro Gomes (PPS) e qualifica a verticalização do processo eleitoral determinada pelo TSE como "esdrúxula". Verticalização é a vinculação das alianças regionais às coligações nacionais, ou seja, a obrigatoriedade de repetir em âmbito regional as mesmas alianças estabelecidas nacionalmente. Isso só não vale para legendas sem candidato a presidente.
Leia abaixo a íntegra da nota do diretório:
"A Comissão Executiva Estadual do PPS de Alagoas torna público que irá contestar na Justiça a resolução que a Comissão Executiva Nacional do seu partido encaminhou ao TRE de Alagoas, anulando os efeitos da convenção estadual do PPS no que diz respeito a coligação eleitoral, conforme as razões que expõe a seguir:
1 - O PPS de Alagoas considera que a medida, além de representar um monstrengo jurídico eivado de contradições e encaminhado fora dos prazos legais, nega que tenha sido adotada 'em comum acordo' com o PPS de Alagoas e que tenha sido aprovada com pleno conhecimento de todos os membros da Executiva Nacional do PPS.
2 - O PPS de Alagoas, que havia acertado com o senador Roberto Freire, presidente nacional do partido, uma saída política consensual para a polêmica criada em torno de sua convenção estadual, externa seu descontentamento pela forma autoritária com que a questão foi finalmente encaminhada, como tentativa de encobrir o verdadeiro conteúdo político da questão.
3 - O PPS de Alagoas não aceita ser colocado no banco dos réus e tampouco imolado no altar da hipocrisia política nacional apenas para aparecer como o bode expiatório do medíocre debate sucessório presidencial e do casuísmo criminoso decorrente da chamada verticalização das eleições.
4 - O PPS de Alagoas, escudado nos fatos incontestáveis da história política de seu Estado, nunca apoiou, nem pretendeu apoiar, a candidatura do ex-presidente Collor, fato que era do inteiro conhecimento da direção nacional do PPS, em que pese a circunstância de ter sido obrigado, à última hora, coligar-se com o PRTB na chapa majoritária para evitar a impugnação de suas candidaturas proporcionais.
5 - Tais evidências ficaram expressas na decisão do PPS de Alagoas de não indicar qualquer nome para compor chapa majoritária encabeçada por Collor, e no cuidado de deixar expresso na ata de sua convenção que o PPS se absteve na indicação dos nomes apresentados pelos outros partidos.
6 - O PPS de Alagoas não aceita ser usado pelos adversários do candidato Ciro Gomes para estabelecer uma ridícula e inexistente ligação entre Ciro e Collor e lamenta que a Comissão Executiva Nacional do PPS não tenha tido a coragem necessária de desmistificar essa farsa grosseira que abastarda a disputa sucessória.
7 - O PPS de Alagoas conclama todos os candidatos a presidente da República a condenarem o casuísmo representado pela esdrúxula verticalização do processo eleitoral e enobrecer o debate sucessório com aquilo que toda a sociedade realmente espera, ou seja, a necessidade da mais ampla e mais democrática reforma política possível.
8 - O PPS de Alagoas, a exemplo do que fez solitariamente nas últimas eleições presidenciais, reafirma que continua a fazer a campanha de Ciro Gomes e dos seus candidatos proporcionais a todo vapor e em todo o território de Alagoas porque, acima de tudo, considera que na vida, como na política, está o futuro do Brasil.
Maceió, 18 de Julho de 2002.
A Comissão Executiva do PPS de Alagoas."
Leia mais:
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PPS decide intervir contra aliança com Collor em Alagoas
Veja também o especial Eleições 2002
Diretório de Alagoas vai contestar decisão do PPS na Justiça
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Em nota oficial divulgada nesta quinta-feira, o diretório do PPS de Alagoas informou que "irá contestar na Justiça" a decisão do partido de impedir a coligação com o PRTB, do ex-presidente Fernando Collor de Mello, candidato ao governo no Estado.
Na nota, a intervenção do partido enviada ontem ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é chamada de "monstrengo jurídico eivado de contradições e encaminhado fora dos prazos legais". Segundo o PPS de Alagoas, a forma de encaminhamento da questão foi "autoritária" e serviu para "encobrir o verdadeiro conteúdo político" que ela contém.
A nota nega que tenha apoiado a candidatura de Collor e justifica a coligação com o partido do ex-presidente. De acordo com o texto, o diretório teria "sido obrigado" a fazê-lo "para evitar a impugnação de suas candidaturas proporcionais" (a cargos legislativos).
Por fim, o diretório reafirma seu apoio a Ciro Gomes (PPS) e qualifica a verticalização do processo eleitoral determinada pelo TSE como "esdrúxula". Verticalização é a vinculação das alianças regionais às coligações nacionais, ou seja, a obrigatoriedade de repetir em âmbito regional as mesmas alianças estabelecidas nacionalmente. Isso só não vale para legendas sem candidato a presidente.
Leia abaixo a íntegra da nota do diretório:
"A Comissão Executiva Estadual do PPS de Alagoas torna público que irá contestar na Justiça a resolução que a Comissão Executiva Nacional do seu partido encaminhou ao TRE de Alagoas, anulando os efeitos da convenção estadual do PPS no que diz respeito a coligação eleitoral, conforme as razões que expõe a seguir:
1 - O PPS de Alagoas considera que a medida, além de representar um monstrengo jurídico eivado de contradições e encaminhado fora dos prazos legais, nega que tenha sido adotada 'em comum acordo' com o PPS de Alagoas e que tenha sido aprovada com pleno conhecimento de todos os membros da Executiva Nacional do PPS.
2 - O PPS de Alagoas, que havia acertado com o senador Roberto Freire, presidente nacional do partido, uma saída política consensual para a polêmica criada em torno de sua convenção estadual, externa seu descontentamento pela forma autoritária com que a questão foi finalmente encaminhada, como tentativa de encobrir o verdadeiro conteúdo político da questão.
3 - O PPS de Alagoas não aceita ser colocado no banco dos réus e tampouco imolado no altar da hipocrisia política nacional apenas para aparecer como o bode expiatório do medíocre debate sucessório presidencial e do casuísmo criminoso decorrente da chamada verticalização das eleições.
4 - O PPS de Alagoas, escudado nos fatos incontestáveis da história política de seu Estado, nunca apoiou, nem pretendeu apoiar, a candidatura do ex-presidente Collor, fato que era do inteiro conhecimento da direção nacional do PPS, em que pese a circunstância de ter sido obrigado, à última hora, coligar-se com o PRTB na chapa majoritária para evitar a impugnação de suas candidaturas proporcionais.
5 - Tais evidências ficaram expressas na decisão do PPS de Alagoas de não indicar qualquer nome para compor chapa majoritária encabeçada por Collor, e no cuidado de deixar expresso na ata de sua convenção que o PPS se absteve na indicação dos nomes apresentados pelos outros partidos.
6 - O PPS de Alagoas não aceita ser usado pelos adversários do candidato Ciro Gomes para estabelecer uma ridícula e inexistente ligação entre Ciro e Collor e lamenta que a Comissão Executiva Nacional do PPS não tenha tido a coragem necessária de desmistificar essa farsa grosseira que abastarda a disputa sucessória.
7 - O PPS de Alagoas conclama todos os candidatos a presidente da República a condenarem o casuísmo representado pela esdrúxula verticalização do processo eleitoral e enobrecer o debate sucessório com aquilo que toda a sociedade realmente espera, ou seja, a necessidade da mais ampla e mais democrática reforma política possível.
8 - O PPS de Alagoas, a exemplo do que fez solitariamente nas últimas eleições presidenciais, reafirma que continua a fazer a campanha de Ciro Gomes e dos seus candidatos proporcionais a todo vapor e em todo o território de Alagoas porque, acima de tudo, considera que na vida, como na política, está o futuro do Brasil.
Maceió, 18 de Julho de 2002.
A Comissão Executiva do PPS de Alagoas."
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