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23/07/2002
-
08h15
KAMILA FERNANDES
da Agência Folha, em Fortaleza
Uma reunião amanhã em Brasília, que terá na pauta a definição do coordenador da campanha de José Serra (PSDB) no Ceará, poderá ser o estopim para o rompimento definitivo do ex-governador Tasso Jereissati com o presidenciável de seu partido.
O motivo é a ida ao encontro de um dos principais desafetos de Tasso no Ceará, o senador Sergio Machado (PMDB), principal cotado para ser o coordenador da campanha de Serra no Estado, o que faria do PSDB local um mero coadjuvante.
Na semana passada, quando houve uma reunião de socorro à candidatura de Serra, o único cearense presente era Machado, ex-tucano que hoje é candidato ao governo do Estado pelo PMDB. O presidente do PMDB local, deputado federal Eunício Oliveira, confirmou a presença do senador na reunião de amanhã.
O próprio Tasso, que é candidato ao Senado, e o governador do Ceará, Beni Veras (PSDB), afirmam que nem sequer teriam sido convidados para a reunião e que não estão integrados com os rumos da campanha.
O rompimento de Tasso com Serra já pode ser notado implicitamente no discurso do ex-governador. Em entrevistas, ele tem demonstrado desinteresse em relação à campanha nacional e deixa claro que não irá se engajar, "por ter uma campanha muito dura no Estado", afirma. Pesquisas locais de intenção de voto o colocam, porém, com folga na disputa.
Tasso não indicou um nome do partido, até agora, para organizar a campanha de Serra, que ainda não existe no Ceará. Na sexta-feira, ele afirmou que quem deve ser indagado sobre a ausência da campanha presidencial no Estado é Sergio Machado.
Preterido para ser o candidato tucano à Presidência, Tasso teria ficado ainda mais irritado com a cúpula do partido, segundo interlocutores próximos, com a escolha de Machado para presidir a Comissão do Orçamento no Senado no ano passado.
Esse descontentamento já foi explicitado por Tasso em discursos, como fez na convenção do PSDB do Ceará, em que questionou a competência de Machado para, ao mesmo tempo, comandar o Orçamento da União e uma campanha ao governo do Estado.
O ex-governador nem mesmo tem citado o nome de Serra nos comícios que tem feito pelo interior do Estado ao lado do candidato ao governo pelo PSDB, senador Lúcio Alcântara. O candidato a vice-governador, Francisco Maia Júnior, porém, e outras lideranças que apóiam a candidatura tucana, como o ex-governador Adauto Bezerra (PFL), chegam a pedir votos para Ciro Gomes (PPS) no palanque.
Veja também o especial Eleições 2002
Desafeto de Tasso deve coordenar a campanha de Serra
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da Agência Folha, em Fortaleza
Uma reunião amanhã em Brasília, que terá na pauta a definição do coordenador da campanha de José Serra (PSDB) no Ceará, poderá ser o estopim para o rompimento definitivo do ex-governador Tasso Jereissati com o presidenciável de seu partido.
O motivo é a ida ao encontro de um dos principais desafetos de Tasso no Ceará, o senador Sergio Machado (PMDB), principal cotado para ser o coordenador da campanha de Serra no Estado, o que faria do PSDB local um mero coadjuvante.
Na semana passada, quando houve uma reunião de socorro à candidatura de Serra, o único cearense presente era Machado, ex-tucano que hoje é candidato ao governo do Estado pelo PMDB. O presidente do PMDB local, deputado federal Eunício Oliveira, confirmou a presença do senador na reunião de amanhã.
O próprio Tasso, que é candidato ao Senado, e o governador do Ceará, Beni Veras (PSDB), afirmam que nem sequer teriam sido convidados para a reunião e que não estão integrados com os rumos da campanha.
O rompimento de Tasso com Serra já pode ser notado implicitamente no discurso do ex-governador. Em entrevistas, ele tem demonstrado desinteresse em relação à campanha nacional e deixa claro que não irá se engajar, "por ter uma campanha muito dura no Estado", afirma. Pesquisas locais de intenção de voto o colocam, porém, com folga na disputa.
Tasso não indicou um nome do partido, até agora, para organizar a campanha de Serra, que ainda não existe no Ceará. Na sexta-feira, ele afirmou que quem deve ser indagado sobre a ausência da campanha presidencial no Estado é Sergio Machado.
Preterido para ser o candidato tucano à Presidência, Tasso teria ficado ainda mais irritado com a cúpula do partido, segundo interlocutores próximos, com a escolha de Machado para presidir a Comissão do Orçamento no Senado no ano passado.
Esse descontentamento já foi explicitado por Tasso em discursos, como fez na convenção do PSDB do Ceará, em que questionou a competência de Machado para, ao mesmo tempo, comandar o Orçamento da União e uma campanha ao governo do Estado.
O ex-governador nem mesmo tem citado o nome de Serra nos comícios que tem feito pelo interior do Estado ao lado do candidato ao governo pelo PSDB, senador Lúcio Alcântara. O candidato a vice-governador, Francisco Maia Júnior, porém, e outras lideranças que apóiam a candidatura tucana, como o ex-governador Adauto Bezerra (PFL), chegam a pedir votos para Ciro Gomes (PPS) no palanque.
Veja também o especial Eleições 2002
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