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28/11/2007 - 07h36

Geddel diz que greve de fome de bispo "parece chantagem"

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FÁBIO GUIBU
da Agência Folha, em Recife

O ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, disse ontem que a nova greve de fome do bispo de Barra, dom Luiz Flávio Cappio, "parece chantagem". Segundo ele, o governo federal não vai paralisar as obras de transposição das águas do rio São Francisco nem negociar o fim do protesto.

"Lamento profundamente que o Cappio tenha enveredado por esse caminho, contrariando dogmas da igreja, que diz que atentar contra a própria vida é pecado", afirmou Geddel, por telefone.

"É assim que a Igreja Católica, a minha igreja, tem se posicionado, por exemplo, quando trata do aborto, ao dizer que ninguém é dono do próprio corpo, da própria vida", declarou. Segundo Geddel, sua única iniciativa no caso foi entrar em contato ontem com o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), "para pedir a ele que deixe uma estrutura médica à disposição do bispo Cappio", afirmou. "E só isso", reiterou.

O ministro rebateu a acusação do religioso, de que o governo federal teria se recusado a conversar sobre o projeto. Disse que quando assumiu o ministério, em março, fez sua primeira ligação telefônica no cargo para o bispo, convidando-o para conversar.

"Os meses se passaram, e ele não atendeu meu chamado", afirmou Geddel. "Chamei-o para conversar, e ele disse que ia consultar as pessoas ligadas a ele e que me retornaria. Até hoje não me retornou."

Sobre a possibilidade de tentar um acordo para acabar com o jejum, Geddel declarou: "Não tem o que negociar, até porque a forma que ele está colocando parece chantagem".

Ainda de acordo com o ministro, "as obras não vão parar por causa disso". E o que fazer, então? "Resta apenas lamentar e pedir a Deus pela sua misericórdia, e que devolva o bom senso a Cappio", declarou.

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